Pepê tem sido um dos jogadores em evidência neste arranque de temporada do FC Porto e prova da sua importância foi recente renovação de contrato, até 2027, que lhe subiu a cláusula de rescisão para 75 milhões de euros.
Este sinal de confiança transmitido pelos azuis e brancos antevê que a ligação entre as duas partes está para durar. Francesco Barletta, coordenador da formação do Grémio, é da mesma opinião, explicando que o camisola 11 dos portistas aprecia a estabilidade.
"Vai fazer uma longa carreira na Europa, como fez, por exemplo, o Lucas Leiva [Liverpool e Lazio], também um ex-Grémio. O Pepê é um menino que cria raízes e vai valorizar-se muito no FC Porto. Com certeza só sairá quando surgir algo muito mais vantajoso, porque valoriza as origens e gosta de se sentir enraizado", disse o técnico, em entrevista concedida ao jornal O Jogo, mostrando-se surpreendido com a rápida adaptação do brasileiro à realidade do futebol português.
"Foi, de facto, muito rápido. Já esperava que ele se tornasse numa figura do FC Porto, mas não em tão pouco tempo. Fazer o que ele tem feito num ano e meio é difícil e torna-se interessante perceber quais as chaves desse sucesso. No Grémio só temos de ficar felizes, porque dá valor à nossa formação", atirou.
Francesco Barletta enalteceu ainda a polivalência do extremo, que tem sido usado em várias posições ao serviço dos azuis e brancos.
"O Pepê descobriu a polivalência em Portugal. Aqui, o jogo dele restringia-se à ala esquerda. No máximo, fazia, uma ou outra vez, de segundo avançado, mas era raro. Jogava quase sempre pela esquerda", finalizou.
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