Uma semana, dois jogos e dois filmes semelhantes. O Sporting voltou a ser derrotado pelo Olympique Marseille (0-2), esta quarta-feira, num jogo com diversas parecenças ao jogo de Marselha (4-1).
O jogo até chegou a estar algo 'morno' na reta inicial, mas a verdade é que não tardou em aquecer, sendo que os motivos não foram os melhores para a formação leonina.
Sem Adán em campo, foi a vez de Esgaio ser o responsável pela nova inferioridade numérica para a equipa de Rúben Amorim ao ter cometido uma grande penalidade aos 19 minutos, que conduziu ao segundo amarelo no encontro, três minutos após ter visto o primeiro.
A partir daí, o Olympique Marseille tratou de replicar aquilo que tinha feito há sensivelmente uma semana e, pouco depois do golo inaugural de Guendouzi na cobrança do penálti, foi a vez de Alexis Sánchez ampliar as contas em Alvalade, num lance que inicialmente foi invalidado por fora de jogo e que acabaria por ser validado pelo VAR.
Os leões ainda procuraram reagir na segunda parte, mas uma nova expulsão provocada pelos dois amarelos consecutivos mostrados a Pedro Gonçalves acabaram por sentenciar qualquer hipótese de inverter o resultado em Alvalade.
Depois de ter começado a fase de grupos da Liga dos Campeões com dois triunfos, o Sporting permitiu que o Olympique Marseille somasse dois triunfos consecutivos, conduzindo inclusive a uma ultrapassagem na classificação. Os leões passam de líderes a terceiros classificados, em função da vitória que conduziu o Tottenham ao topo do grupo D.
Vamos então às notas da partida:
Figura
Amine Harit não marcou, mas assistiu e, antes disso, ainda conseguiu arrancar a grande penalidade que possibilitou a Guendouzi chegar ao primeiro golo da partida. O lance em que se desmarcou da defesa leonina e 'entregou' o segundo golo a Alexis Sánchez acabou por ser decisivo. No geral, o avançado marroquino deu muito ao processo ofensivo do Marseille durante os 72 minutos em que esteve em campo, tendo ficado perto de fazer o gosto ao pé por mais que uma ocasião durante a segunda parte.
Surpresa
Francisco Trincão revelou ser a unidade mais ameaçadora numa primeira parte paupérrima do Sporting em termos ofensivos, na qual apontou as únicas duas tentativas de remate dirigidas à baliza adversária, algo que se justificou em parte com a inferioridade numérica desde os 19 minutos. Só não tentou repetir a dose na segunda porque, surpreendentemente, deu lugar a Flávio Nazinho logo após o regresso dos balneários.
Desilusão
Ricardo Esgaio pecou aos 19 minutos e, não só permitiu que o Olympique Marseille beneficiasse de uma grande penalidade, como ainda deixou a equipa em inferioridade numérica. Embora alguns erros do passado tenham maior desculpa, a falha desta quarta-feira acabou por acentuar o momento do jogador, algo que Rúben Amorim preferiu desvalorizar após o centéssimo encontro de Esagio no Sporting. Resta agora saber com que nível de confiança o defesa de 29 anos vai enfrentar a nova onda de críticas...
Treinadores
Rúben Amorim não mudou muito em relação à equipa apresentada em Marselha, tendo trocado Adán por Franco Israel forçosamente e ainda promoveu a titularidade de Coates em vez de St. Juste. A opção de deixar Porro no banco deveu-se à limitação no regresso de leão e, por isso, as opções iniciais pareciam ser as mais lógicas. Durante o encontro, algumas substituições conduziram à contestação por parte do público de Alvalade, nomeadamente a saída de Francisco Trincão na segunda parte.
Igor Tudor montou a equipa com o objetivo de voltar a ferir o adversário e a verdade é que voltou a consegui-lo, tendo saltado da última para a segunda posição. O treinador do Olympique Marseille fez alguns ajustes à equipa que apresentou nos últimos dois jogos e a entrada positiva no encontro acabou por ser uma mais-valia para o que se pasosu a seguir, até porque o conjunto francês voltou a ser oportuno nos minutos após ficar em supeioridade numérica, tal como já tinha acontecido em Marselha.
Árbitro
Alejandro Hernández protagonizou uma arbitragem segura, embora tenha tido um ou dois lances em que poderia ter mostrado cartão amarelo a jogadores do Olympique Marseille. De resto, demonstrou estar seguro da decisão nas duas expulsões (a última aparentemente por palavras após a falta) e esteve bem a ouvir o VAR na hora de validar o segundo golo dos franceses.
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