Melhor marcador da 'Champions', com 15 golos, e 'pichichi' de La Liga, com 27, Benzema cumpriu a melhor temporada da carreira e, aos 34 anos, torna-se o primeiro gaulês a conquistar o maior galardão individual do futebol no século XXI.
Zinédine Zidane tinha sido, em 1998, o último francês a vencer o prémio para o melhor futebolista do ano -- agora da época -, graças, sobretudo, a duas cabeçadas vitoriosas na final do Mundial, frente ao Brasil (3-0), em Saint-Denis.
Benzema é o quinto jogador francês a ser galardoado - e primeiro no século XXI -, depois de Raymond Kopa, em 1959, Michel Platini por três vezes seguidas (1983, 1984 e 1985) e Jean-Pierre Papin (1991).
Desta vez, quase um quarto de século após o feito de Zidane, é Benzema a vencer, numa época 2021/22 em que também começou por conquistar um título pela seleção francesa, da qual esteve muito tempo afastado pelo alegado envolvimento numa tentativa de chantagem a Valbuena.
A vitória na Liga das Nações, em outubro de 2021, quase um mês antes de Lionel Messi ter conquistado a sua sétima Bola de Ouro, não foi, porém, fator, ao contrário do que fez na 'Champions', a prova que muitas vezes 'dita' o vencedor do troféu.
O conjunto 'merengue' andou de 'milagre em milagre' até ao título, e o francês 'materializou' vários, a começar logo, na primeira ronda a eliminar, os 'oitavos', com um 'hat-trick' ao Paris Saint-Germain, num 3-1 caseiro, após 0-1 em França.
Depois, nos 'quartos', conseguiu um segundo 'hat-trick' consecutivo, no reduto do Chelsea, num triunfo por 3-1, para, depois, no Bernabéu, marcar o golo decisivo, aos 96 minutos, no prolongamento, reduzindo para 2-3.
Nas meias-finais, o avançado gaulês voltou a ser letal, agora com o Manchester City, ao 'bisar' no Etihad, num desaire por 3-2, e voltar a decidir a eliminatória em Madrid no tempo extra, desta vez ao concretizar um penálti, aos 95 minutos.
A atual em casa, em Saint-Denis, Benzema não conseguiu ser, depois, o protagonista da final, já que o golo da vitória sobre o Liverpool pertenceu ao brasileiro Vinícius, mas já lá estavam os 15 golos, contra 13 de Robert Lewandowski (Bayern Munique).
Se brilhou na 'Champions', o avançado francês, muitos anos na 'sombra' de Cristiano Ronaldo ao serviço do Real Madrid, também se destacou na Liga espanhola, sendo, destacado, o melhor marcador, com 27 golos, contra 18 de Iago Aspas (Celta de Vigo).
Numa edição em que os 'merengues' não tiveram grande oposição, face à quebra abrupta do FC Barcelona, no pós-Messi, Benzema, que disputou 32 jogos, de 38, foi a grande figura da prova, sendo decisivo em muitas das 26 vitórias dos campeões.
O avançando gaulês junta a Bola de Ouro ao troféu de melhor jogador da UEFA, que recebeu em 25 de agosto, mas a história já será outra no que respeita ao The Best, já que para o prémio da FIFA contará o Mundial do Qatar (20 de novembro a 18 de dezembro).
O historial da Bola de Ouro é liderado de forma destacada por Lionel Messi, que soma sete troféus (2009, 2010, 2011, 2012, 2015, 2019 e 2021), mais dois do que o português Cristiano Ronaldo (2008, 2013, 2014, 2016 e 2017).
A Bola de Ouro é um prémio atribuído pela revista francesa France Football, que, desde 1956, premiou o melhor jogador do ano (até 1994 apenas o melhor europeu a atuar na Europa) e agora passou a galardoar o melhor futebolista da época.
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