O defesa do Arsenal, Cédric Soares, concedeu, uma entrevista à Eleven Sports, onde abordou várias temas relacionadas ao conjunto londrino e não só.
O internacional português também comentou o próximo Mundial de futebol, bem como o seu futuro a longo prazo e a possibilidade de vir a ser treinador.
Sobre o Arsenal como clube candidato ao título: É um pouco cedo para assumir seja o que for. Acho que é de louvar o arranque desta época ter sido positivo. Temos trabalhado bastante e nas épocas anteriores temos vindo a estabelecer-nos cada vez mais no modelo de jogo do treinador e nas suas ideias. A equipa tem vindo a solidificar os processos e a melhorar, e este ano, ainda mais. Por isso, é um momento de estarmos orgulhosos, mas também de continuarmos a trabalhar.
Sobre os conselhos que pode dar aos jovens que vão ao mundial: Acho que é uma competição única, sem dúvida, são momentos que não esqueço. Todo o evento é especial desde o primeiro dia. Todos os estádios e o ambiente são fantásticos. Por isso, quero dizer aos jovens e aos jogadores que estão perto de fazer o primeiro mundial, que acima de tudo, desfrutem. O mundial é só de quatro em quatro anos e não sabemos como vamos estar nessa altura. Por isso, o essencial é desfrutar enquanto lá estamos, de cada jogo e do ambiente. E isso foi sempre o que os meus pais me tentaram passar em cada momento, seja no europeu ou no mundial. São momentos únicos, independentemente da pressão que possa ser jogar pelo nosso país, pelo povo, porque pode ser uma pressão alta. Mas, acima de tudo, é futebol e temos de nos divertir também, desfrutando desses momentos, que são únicos e nos marcam.
Sobre a discussão com Lacazette: Faz parte. Claro que as interpretações, por vezes, podem ser difíceis para quem está de fora, porque nunca vivenciou isso tão diretamente. Acho que nunca estive num plantel em que não existissem treinos competitivos e que, por vezes, não se ultrapassasse essa linha que é completamente normal. Recordo-me de ter chegado aos séniores do Sporting e no meu primeiro treino houve logo uma confusão entre dois jogadores. Acho que é completamente normal e em relação a esta, mais diretamente com o Laca, assim que saímos do treino falámos. E, mesmo que não falássemos sabíamos que era algo que ficaria no campo, foi um momento um pouco mais quente, nada mais. Por acaso é um amigo meu muito próximo, de quem gosto muito, gostei muito de jogar com ele e tem muita qualidade, por isso, sinceramente, não valorizo.
Sobre a relação com Fábio Vieira: O Fábio tem vindo a acrescentar também à qualidade da nossa equipa. É um jogador com muita qualidade, já tinha referido isso em entrevistas anteriores. Tem vindo para ajudar e tem-se adaptado bem. Claro que é um processo de adaptação, da liga portuguesa para a liga inglesa, em que há coisas diferentes. Mas tem sido um prazer para mim jogar com o Fábio. É o típico jogador português, não sei explicar. Tem raízes portuguesas e dá para ver isso em brincadeiras. Mas, isso é bom e faz falta por vezes, termos as mesmas brincadeiras e a mesma cultura é fácil. Eu gosto de o ajudar e sempre que ele precisar, eu vou estar aqui. O Fábio é uma comédia, é um jogador muito alegre e que traz boa energia e algumas brincadeiras ao grupo. É alguém de quem eu tenho estado muito próximo, a ajudar e com quem me tenho divertido bastante, sem dúvida.
Sobre o curso de treinador: Ainda sou jovem, ainda não sei bem ao certo o que vou fazer depois de acabar o futebol, mas espero jogar ainda uns bons anos. É interessante termos o espaço para continuar a aprender e por isso, desafiei alguns dos jogadores a tirarmos esse curso juntos. Tínhamos essa possibilidade com alguns professores da federação inglesa e da PFA que nos têm vindo a ajudar nesse processo. Estamos a tirar o nível 2 do UEFA B e tem sido interessante aprender e a ver o outro lado da moeda. Há coisas que nós nem pensamos como jogadores e depois quando estamos na situação percebemos que também são complicadas para o treinador, como a gestão do grupo e organização de treino, etc.. Tem sido uma aprendizagem para nós e é mais um dos temas que nos ajuda a perceber cada vez mais o jogo em que estamos envolvidos.
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