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Shakhtar Donetsk pede à FIFA que afaste o Irão do Mundial

Clube recorda que já "quase 250 drones" iranianos "atacaram cidades pacíficas da Ucrânia".

Shakhtar Donetsk pede à FIFA que afaste o Irão do Mundial
Notícias ao Minuto

09:21 - 24/10/22 por Notícias ao Minuto

Desporto Mundial 2022

O Shakhtar Donestk publicou, esta segunda-feira, um extenso comunicado assinado pelo diretor executivo, Sergei Palkin, onde pede à FIFA que afaste o Irão do Campeonato do Mundo, prova que arranca no Qatar, dentro de menos de um mês.

A seleção orientada pelo treinador português está integrada no Grupo B, juntamente com Inglaterra, País de Gales e Estados Unidos, mas, na opinião do clube, a Federação deve ser severamente punida, face ao recente ataque levado a cabo pelas forças militares russas à Ucrânia, alegadamente, com recurso a drones iranianos.

"Enquanto a liderança iraniana se estiver a divertir a observar a seleção, no Mundial, ucranianos serão mortos por drones e mísseis iranianos. Quase 250 drones já atacaram cidades pacíficas da Ucrânia. Cada um deles foi produzido e entregue pelas autoridades iranianas. Instrutores e exército iranianos treinaram e geriram, diretamente, o lançamento de drones que destruíram casas, museus, universidades, escritórios, terrenos desportivos e recreios, e, mais importante, mataram ucranianos, incluíndo crianças", pode ler-se.

"Crianças que também sonhavam ver a sua seleção nacional no Mundial. O Shakhtar Donetsk pede à FIFA e a toda a comunidade internacional que afaste, imediatamente, a seleção nacional iraniana da disputa do Campeonato do Mundo, face à participação direta em ataques terroristas a ucranianos. Esta será uma decisão justa, que deve chamar a atenção de todo o mundo para um regime que mata as suas melhores pessoas e ajuda a matar ucranianos", prossegue.

"A vaga deveria ser ocupada pela seleção nacional da Ucrânia, que provou que é digna da participação no Mundial. Com condições desiguais face a outras seleções nacionais, durante os playoffs, jogaram com coração. Esta decisão é histórica e desportivamente justificada. Apelo a todos que se juntem à pressão sobre a burocracia do futebol. Chega de repetir os erros cometidos no Campeonato do Mundo de 2018, na Rússia, escondendo-se atrás da tese vazia sobre a apoliticidade do desporto", completa.

Leia Também: Bombardeamentos russos preocupam Shakhtar Donetsk: "Parece um funeral..."

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