"Glory to Hong Kong" ("Glória a Hong Kong") - cuja letra apela à democracia e à liberdade - ouviu-se antes das finais masculinas entre a Coreia do Sul e Hong Kong, em Incheon, a oeste de Seul, no domingo.
O vídeo da música tornou-se viral nas redes sociais em Hong Kong, composta por um músico local e cantada por manifestantes durante os protestos antigovernamentais em 2019.
O Governo de Hong Kong emitiu, hoje, um comunicado a expressar indignação com o incidente. "O hino nacional é um símbolo do nosso país. O organizador do torneio tem o dever de assegurar que o hino nacional receba o respeito que merece", disse um porta-voz do Governo.
A União de Râguebi da Coreia, sediada em Seul, justificou o caso com um erro humano e garantiu que não teve motivações políticas.
Os dirigentes pediram logo depois desculpa à União de Râguebi da Ásia, bem como às autoridades de Hong Kong e da China continental.
Os organizadores emitiram um pedido de desculpas tanto em coreano como em inglês no estádio após o jogo e o hino nacional chinês oficial foi tocado para a equipa vencedora de Hong Kong durante a cerimónia de entrega dos prémios.
A música foi escolhida acidentalmente a partir de uma pasta de arquivo de computador nomeada de "Hong Kong" e que tinha sido guardada erradamente sem que ninguém se tivesse apercebido de que se encontrava associada aos manifestantes pró-democracia.
Em 2019, milhares de adeptos de futebol de Hong Kong vaiaram o hino nacional chinês quando este foi tocado antes de um jogo de qualificação para o Campeonato do Mundo. A multidão começou a cantar "Glória a Hong Kong" no evento.
Em setembro, um homem que prestou homenagem à falecida rainha Isabel II, junto ao consulado britânico em Hong Kong foi detido por alegada sedição. meios de comunicação locais noticiaram que este tinha tocado canções numa harmónica que incluía "Glória a Hong Kong".