"Todas as decisões que tomo são para elevar o mais possível o nível do Irão. O importante é que já estamos em Doha para trabalhar e que somos profissionais do futebol. Temos um espírito de luta, uma mentalidade vencedora e queremos que o Irão alcance sucesso na competição", disse Queiroz, em declarações divulgadas pela federação iraniana de futebol.
Queiroz pediu desculpas por não ter comparecido na sala de imprensa para comunicar a lista dos 25 jogadores que vão representar o Irão no Mundial, na qual se inclui uma das suas 'estrelas', Sardar Azmoun, do Bayer Leverkusen, que ousou criticar publicamente o governo de seu país pela repressão exercida sobre os manifestantes que protestam nas ruas na sequência do assassinato de Mahsa Amini.
Um dia depois do previsto, devido a alegados problemas técnicos que impediram a conferência de imprensa, Queiroz anunciou hoje os 25 convocados, através do site da federação iraniana na Internet.
Após o adiamento da convocatória, surgiram rumores de que o treinador português estaria a ser pressionado a deixar de fora Sardar Azmoun, que tem apoiado as manifestações no Irão, mas o avançado do Bayer Leverkusen integra a lista, assim como o avançado do FC Porto Mehdi Taremi.
Nos 25 convocados do Irão, estão quatro guarda-redes, entre os quais Alireza Beiranvand, que passou pelo Boavista, Amir Abedzadeh, ex-Marítimo, e Payam Niazmand, emprestado pelo Portimonense ao Sepahan, treinado pelo português José Morais.
A seleção iraniana integra o Grupo B do Mundial, juntamente com Inglaterra, País de Gales e Estados Unidos, e participa pela sexta vez numa fase final da prova, na qual nunca passou da fase de grupos.
A 22.ª edição do Campeonato do Mundo arranca no domingo, com o duelo entre o anfitrião Qatar e o Equador, para o Grupo A, e termina em 18 de dezembro.
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