Em vésperas do arranque do Campeonato do Mundo, Gianni Infantino concedeu, este sábado, uma extensa conferência de imprensa, na qual lamentou as críticas que têm vindo a ser dirigidas ao Qatar, o anfitrião da competição.
O presidente da FIFA começou o discurso dizendo sentir-se "qatari", "árabe", "africano", "homossexual", "deficiente" e até "trabalhador migrante" para garantir que se sente solidário com aquelas que têm vindo a ser apontadas como vítimas da prova.
"É claro que não sou qatari, que não sou árabe, que não sou africano, que não sou homossexual e que não sou deficiente. Mas sinto como se fosse, porque sei o que é ser discriminado", começou por dizer, em declarações reproduzidas pelo jornal britânico The Guardian.
"Enquanto criança, fui vítima de bullying, porque era ruivo e tinha sardas, além de que era italiano, por isso, imaginem. Então, o que se faz? Tentamos reagir e fazer amigos. Não começamos a acusar, a lutar e a insultar, começamos a reagir", acrescentou.
"Se precisarem de criticar alguém, não coloquem pressão sobre os jogadores ou os treinadores. Se quiserem criticar, podem crucificar-me. Estou aqui para isso. Não critiquem ninguém. Não critiquem o Qatar. Deixem as pessoas desfrutar deste Mundial", completou.
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