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Hervé Renard: A história do francês que deu um nó tático à Argentina
Selecionador pela sexta vez na carreira, depois de Zâmbia, por duas vezes, Angola, Marrocos e, agora, Arábia Saudita, Renard já causou a primeira surpresa do Mundial'2022. Para trás ficou uma história inédita de sucessos e que aumenta a expectativa para a prestação dos árabes na prova do Qatar.
© Getty Images
Desporto Mundial 2022
A Arábia Saudita protagonizou nesta quarta-feira a primeira grande surpresa do Mundial'2022. Frente à candidata Argentina, que terá Messi pela última vez em prova, os árabes deram corda ao sapato e viraram o resultado a seu favor, arrancando a vitória frente aos albicelestes.
O nó tático, diz a imprensa internacional, tem mão de um "mago branco". É a alcunha atribuída a Hervé Renard, técnico francês de 54 anos que comanda a seleção árabe desde 2019. Renard não é novo nesta andanças, tendo chegado pela segunda vez a um Campeonato do Mundo. O gaulês tem para trás uma grande história ao comando das seleções, talvez única no que toca aos treinadores em prova no Qatar.
Treinador desde 1999, no modesto Dracénie, de França, Renard entrou no mundo das seleções em 2008, quando começou a orientar a Zâmbia. Uma seleção sem grandes ambições, mas que, nas mãos do 'mago branco', sagrou-se vencedor da Taça das Nações Africanas pela primeira vez na história, em 2012.
Apesar dos apesares, Renard deixou o cargo de selecionador da Zâmbia, chegando à Costa do Marfim em 2015. Com uma passagem pelo Sochaux pelo meio, o francês levou a seleção de Boubacar Copa, dos irmãos Kolo e Yaya Touré, de Sèrge Aurier, de Eric Bailly, de Salomon Kalou e de Gervinho, já sem Didier Drogba, à conquista da CAN de 2015. O sucesso desportivo levou Renard a tornar-se no primeiro selecionador de sempre a ganhar a Taça das Nações Africanas por duas vezes com duas nações distintas.
A experiência conquistada nas duas aventuras terá ajudado ainda em 2018, quando, ao comando de Marrocos, chegou ao Mundial da Rússia, 20 anos desde a última vez que a seleção alcançou uma fase final da prova.
Na Arábia Saudita desde 2019 e com vínculo alargado já até 2027, Renard levou os árabes à vitória logo na estreia no Mundial'2022, igualando o registo de Juan Antonio Pizzi na Rússia, com uma única vitória em toda a fase de grupos. Ainda antes de estrear na prova, Renard disse não esperar muito da sua equipa no Qatar, mas, na verdade, aumentou a expectativa dos adeptos para a competição.
Leia Também: Alemanha coloca FIFA em tribunal para usar a braçadeira arco-íris
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