O Sporting triunfou diante do Rio Ave (0-2) em Vila do Conde, esta quarta-feira, e ficou com um pé e meio nos 'quartos' da Taça da Liga, num jogo que contou com... muitos falhanços.
O primeiro tempo não teve muito futebol, sobretudo dentro da primeira meia hora, pelo que as duas equipas acabariam mesmo por ir para o intervalo sem qualquer golo marcado. Paulinho falhou de um lado, Leonardo Ruiz do outro. As maiores perdidas ficaram guardadas para a segunda parte.
Antes de (finalmente) desbloquear o nulo, o Sporting teve Paulinho e Francisco Trincão a falharem o golo inaugural de forma escandalosa, sobretudo este último. Ainda assim, os adeptos leoninos rapidamente se esqueceram desse momento, dado que, dois minutos depois, Gonçalo Inácio cabeceou para o fundo das redes, catapultando a equipa de Rúben Amorim para uma última meia hora com mais iniciativa de ataque.
Já depois das substituições, o Sporting chegou ao segundo golo através de uma infelicidade de Boateng, quando tentava aliviar o perigo numa bola parada, pelo que esse lance acabou por tranquilizar o emblema de Alvalade, embora Sotiris e Paulinho tenham ficado perto de voltar a mexer com o marcador.
Desta forma, o Sporting assume a liderança isolada do grupo B, com seis pontos, enquanto Rio Ave e Farense seguem logo atrás, com três, já com o Marítimo eliminado, sem qualquer ponto.
Um ponto frente ao Marítimo será suficiente para os leões seguirem em frente, no entanto, caso percam, há ainda a possibilidade de alcançar os 'quartos' da Taça da Liga, consoante o resultado do duelo entre Farense e Rio Ave. A verdade é que a diferença de golos é elevada e só um milagre impedirá o Sporting de seguir em frente.
Vamos então às notas da partida:
Figura
Gonçalo Inácio acaba por se afirmar como a principal figura do encontro por duas razões: contribuiu para que o Sporting desse cor ao marcador e foi preponderante na missão defensiva. O jovem defesa português apareceu no sítio certo para, de cabeça, desbloquear o (teimoso) nulo em Vila do Conde e, lá atrás, soube como travar diversas investidas da equipa de Luís Freire, sobretudo pelo corredor central. Além disso, ganhou vários duelos aéreos e 'sacudiu' o perigo em mais do que uma bola parada.
Surpresa
Leonardo Ruiz foi o maior (e talvez único) quebra-cabeças para a defesa leonina. Presente em todas as (poucas) investidas de perigo junto da baliza de Adán, o ex-leão combinou quase sempre com os restantes colegas no momento de aparecer com critério na grande área contrária e apenas ficou a suplicar por um maior nível de eficácia, ainda que tenha assustado o Sporting por diversas ocasiões. Saiu aos 76 minutos, já depois dos dois golos dos leões, mas até podia ter mexido com o marcador se continuasse em campo.
Desilusão
Francisco Trincão não protagonizou uma exibição propriamente feliz. Depois de ter estado mais apagado no primeiro tempo, não se pode dizer que tenha passado despercebido na segunda metade. Contudo, os motivos não foram os melhores. O avançado de 22 anos assinou o falhanço de maior relevo à passagem da hora de jogo, fazendo mesmo lembrar o célebre lance de Bryan Ruiz diante do Benfica, tendo ainda desperdiçado uma nova oportunidade pouco depois, antes de sair aos 82 minutos.
Treinadores
Luís Freire admitiu após o apito final que o futebol apresentado no jogo desta quarta-feira poucas semelhanças teve com o que houvera acontecido em Alvalade, à segunda jornada do campeonato, altura em que perdeu por 3-0. A primeira parte foi prova disso. A segunda nem tanto, dado que o Rio Ave foi mais permissivo e o Sporting só não marcou mais porque não calhou. Após o primeiro golo, surgiram as primeiras mexidas, mas pouco acrescentaram ao jogo vilacondense.
Rúben Amorim manteve praticamente a mesma equipa apresentada na goleada diante do Farense, dado que apenas mexeu na baliza. Apesar das dificuldades na primeira parte, os leões foram criando várias oportunidades e acumularam outras tantas (algumas foram autênticos falhanços) na última meia hora da partida, sendo que as substituições pareceram surgir no momento certo para dar mais frescura ao jogo leonino, inclusive com a aposta em Ugarte, poucos dias após o regresso do Mundial.
Árbitro
Miguel Nogueira protagonizou uma arbitragem segura, sem casos polémicos. Bem auxiliado pelos seus assistentes e sem precisar de recorrer ao VAR, o árbitro de 29 anos soube como pegar no jogo e puxou dos cartões amarelos nos momentos mais certeiros. O lance de maior dificuldade terá sido o penálti reclamado por Marcus Edwards, em duelo com Pantalon, no arranque do segundo tempo.
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