O Vitória SC voltou a divulgar um comunicado, esta terça-feira, a dar conta da posição do presidente António Miguel Cardoso em torno do alegado caso de racismo no jogo diante do Rio Ave, em Guimarães, no passado sábado, que terá tido Emmanuel Boateng como principal alvo.
Na sequência do comunicado divulgado no passado domingo, sustentando um "julgamento precipitado" ao episódio ocorrido no Estádio D. Afonso Henriques, o líder dos vimaranenses não hesitou em defender "a honra e o bom nome do clube", falando mesmo de um "ruído folclórico" em torno de um caso que não suscitou uma reação dos vilacondenses, em defesa do seu jogador.
"O que é factual é que nestes documentos, onde constam testemunhos das forças policiais e segurança, equipa de arbitragem, elementos do Rio Ave FC e Delegados da Liga Portugal, surge a mesma certeza: não foi perceptível a ninguém a existência de qualquer (alegado) comportamento racista (...) As condenações sumárias, os juízos de valor antecipados e as agressões repetidas ao Vitória Sport Clube e à cidade de Guimarães não se vão apagar como borracha sobre lapiseira", pode ler-se no comunicado.
Recorde-se que o alegado caso de comportamentos racistas, alvo de processo da Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto (APCVD), terá antecedido a saída de Boateng de campo, aos 66 minutos, num ato que levou a uma breve interrupção da partida devido à demora, acompanhada de protestos do próprio jogador.
Confira o comunicado na íntegra:
Em face dos constantes atropelos à verdade dos factos, e tendo em conta a ausência de rigor na descrição dos alegados acontecimentos ocorridos, é obrigatório um esclarecimento cabal e que sirva a defesa da honra do Vitória Sport Clube.
À data de hoje, estamos já na posse de todos os relatórios das autoridades que cumpriram serviço no último Vitória SC x Rio Ave FC, pelo que, sem nenhuma surpresa, percebemos definitivamente o que já antes era claro.
O que é factual é que nestes documentos, onde constam testemunhos das forças policiais e segurança, equipa de arbitragem, elementos do Rio Ave FC e Delegados da Liga Portugal, surge a mesma certeza: não foi perceptível a ninguém a existência de qualquer (alegado) comportamento racista.
Todo este ruído folclórico a que temos assistido, que servem interesses que desconhecemos, é um pedaço de mau jornalismo e um péssimo serviço a uma causa que merece de todos nós um combate sem tréguas.
As condenações sumárias, os juízos de valor antecipados e as agressões repetidas ao Vitória Sport Clube e à cidade de Guimarães não se vão apagar como borracha sobre lapiseira.
Está escrito e não vamos esquecer.
Continuaremos juntos nesta luta contra o racismo – que é de todos! – mas, sobretudo, estaremos unidos na defesa da honra e do bom nome do Vitória Sport Clube.
10 de janeiro de 2023
O presidente do Vitória Sport Clube,
António Miguel Cardoso
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