O FC Porto somou mais três pontos importantes na luta pelo título. Frente ao Rio Ave, na 21.ª jornada da I Liga, o campeão nacional impôs respeito, ainda que a noite não tenha sido sempre de maravilhas.
A primeira parte dos dragões esteve perto de se afirmar como um desastre. Valeu a exibição primordial de Diogo Costa, o golo de Toni Martínez, mesmo em cima do intervalo, e o trabalho de excelência de Sérgio Conceição.
Foi o técnico dos dragões quem desenhou a vitória do FC Porto. Nunca tranquilo, gritou a bem com a equipa, pedindo atitude a um onze limitado, sem oito peças importantes disponíveis.
Apesar das dificuldades vividas frente ao Rio Ave, o FC Porto conseguiu corrigir o que de mal fez na primeira volta, quando perdeu em Vila do Conde, e encurtou a distância para o líder Benfica, a dias de viajar para Milão para defrontar o Inter nos oitavos da Liga dos Campeões.
Posto isto, vamos às notas.
A figura
Diogo Costa esteve em evidência na partida. Apesar de o golo ter sido de Toni Martínez, o guardião foi o responsável por manter o FC Porto vivo no jogo. Foi de Diogo Costa o conjunto de defesas aos remates do Rio Ave na primeira parte que impediram um balde de água gelada entornado no Dragão. Os louros atribuídos ao dono da baliza dos dragões diz muito do sofrimento do campeão nacional frente ao Rio Ave.
A surpresa
Guga Rodrigues foi um dos mais irrequietos do encontro. Contra um meio campo forte, com Grujic sempre na linha meridional do campo, o capitão do Rio Ave foi capaz de acelerar o jogo do Rio Ave e apertar o FC Porto. Foi Guga quem ameaçou por duas vezes a baliza de Diogo Costa, deixando os dragões em estado de alerta máximo, conseguindo assinar uma segunda parte igualmente de excelência, infelizmente incorrespondida pela restante equipa.
A desilusão
Taremi voltou a estar abaixo do esperado. Sem intensidade e nenhum remate à baliza de Jhonatan, o avançado iraniano passou ao lado de mais um jogo do FC Porto. Já na segunda parte, na cara do golo, simulou contacto em vez de tentar ganhar a frente do lance. Em nova noite sem brilho de Taremi, quem ganhou pontos foi mesmo Toni Martínez.
Os treinadores
Sérgio Conceição
Sem vários titulares e outras opções válidas para saltarem do campo e mudarem o rumo do jogo, o treinador do FC Porto fez-se valer pela sua maior qualidade: resolver problemas com a mão-de-obra que há. Quando a estratégia não funcionou, Conceição desenhou novamente o plano, entregou à equipa e viu a máquina ajustar-se em campo. Uma 'masterclass' do treinador do campeão nacional que, no final da época, pode fazer a diferença para os dragões.
Luís Freire
A exibição do Rio Ave partiu igualmente da cabeça do seu treinador. Não foi por acaso que os vilacondenses provocaram vários calafrios no Dragão, tendo avisado várias vezes. As pernas não chegaram para mais e o azar bateu à porta quando Boateng, na cara do golo, não conseguiu faturar. Nota mais para a equipa de Vila do Conde, cujas exibições apresentam melhor brilho do que o resultado na tabela classificativa.
O árbitro
Vítor Ferreira somou algumas decisões polémicas no Dragão. A arbitragem prejudicou e beneficiou as duas partes, mas nenhuma das decisões tomadas teve influência direta no resultado da partida.
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