Scott Brown ficou marcado na última década do Celtic como um dos jogadores mais icónicos dos escoceses. Sempre com o cabelo rapado, a camisola para dentro dos calções e expressão facial fechada, o médio assustava quem se cruzava com ele. Agora com cabelo e funções diferentes no futebol, Scott Brown conta um dos 'rituais' que manteve na carreira de jogador.
"Rapava o cabelo para intimidar o adversário. Rapava-o antes de todos os jogos para parecer mau, mais agressivo, para mostrar que estava ali por algo sério", começou por dizer ao The Daily Telegraph, contando ainda como intimidava o oponente em campo.
"Normalmente escolhia o jogador mais alto ou o mais valentão, nunca escolhia o mais baixinho", acrescentou.
A personalidade em campo valeu-lhe oito expulsões em 757 jogos na carreira. Scott Brown admitiu que sempre ambicionou mais, apesar de ter ficado 'agarrado' ao Celtic.
"Eu queria lutar com malta acima do meu peso, queria ir à Liga dos Campeões. Queria jogar contra Barcelona, Bayern Munique. E adorei fazê-lo. Adorei jogar contra os melhores jogadores do mundo, cresci com isso", afirmou, garantindo que "podemos ser quem quisermos em campo durante 90 minutos".
Passada a carreira de jogador, Scott Brown passou a ser treinador e a... ter cabelo. O escocês falou sobre a mudança de atitude, em nada idêntica com a que teve enquanto jogou.
"Assim que cruzei a linha, tornei-me numa pessoa diferente. Estava bastante tranquilo e relaxado longe do relvado, dentro dele era um vilão. Era capaz de me tornar desagradável. Hoje sou mais velho, mais maduro, mas não tem a ver com o não rapar o cabelo agora. Isso foi pelos meus filhos, que queria ver-me com cabelo e dizem que pareço mais jovem e menos agressivo assim", acrescentou.
"É bem ser simpático. Se as pessoas pensam que não o sou, eu entendo. Eles podem pensar que sou intimidatório, mas essa era a minha versão de jogador. Eu tento ser simpático e falar com toda a gente dentro do clube", concluiu.
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