Presidente do Real Madrid entre 2006 e 2009, anos que aparecem incluídos na denúncia do Ministério Público espanhol por alegados pagamentos do Barcelona a Enríquez Negreira, vice-presidente da Comissão Técnica de Árbitros, Ramón Calderón falou esta terça-feira sobre o escândalo de arbitragem que enche páginas nos dias de hoje no país vizinho.
"Acho que as provas paralelas são um erro, e sofri várias dessas. Quando a questão está nas mãos dos tribunais, dos entes federativos, não cabem outras opiniões. Não sabemos o que aconteceu, temos que esperar. As especulações não faltam, são frivolidades que complicam a situação”, começou por dizer, recordando ainda a prisão de Sandro Rosell que depois foi declarado inocente.
“As Ligas foram ganhas pelos jogadores. Nunca tive a sensação de ser prejudicado. Além disso, ganhámos um campeonato incrível, no qual o Barça tinha nove pontos de vantagem. E vencemos de forma surpreendente. Acredito que é fundamental respeitar a presunção de inocência. O que li até agora são informações contraditórias, porque ouvi o Barcelona a defender-se dessas acusações. Não sabemos a verdade. Haverá tempo. Já vivemos tantos casos com sentenças nos noticiários, julgamentos paralelos... Neste mesmo mundo do futebol houve um presidente que esteve dois anos preso e descobriu-se que ele era inocente. E durante esses dois anos suponho que tudo foi dito. Temos que esperar, essa é a minha opinião", complementou.
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