Sérgio Conceição dá murro na mesa: "É o treinador que é arruaceiro..."

Treinador do FC Porto não escondeu tristeza com a eliminação da Liga dos Campeões.

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Notícias ao Minuto
14/03/2023 23:12 ‧ 14/03/2023 por Notícias ao Minuto

Desporto

Sérgio Conceição

Silêncio nas últimas conferências: "Tudo o que temos feito aqui, com 30 por cento do plantel da equipa B, outros 40 por cento com jogadores de equipas médias, como Paços de Ferreira, Santa Clara, Rio Ave, Famalicão… E depois o meu mérito é zero. É o Otávio, é o Taremi que se atira para o chão, é o Conceição que é um arruaceiro. Daí o meu protesto, o meu silêncio! É preciso mais de toda a gente no futebol português e há que reconhecer tudo o que o FC Porto tem feito com o que tem. Estes cinco anos e meio foram muito difíceis, com anos de ‘fair-play’ financeiro, sem poder ir buscar nenhum jogador e só vender para equilibrar. É difícil e tem sido muito pouco reconhecido."

É preciso recuperar para o que falta da temporada, que ainda é muito? "Claro, ainda falta muito e temos dois títulos para disputar. É essa injustiça... Mas, recuperar de quê? É normal, uma eliminatória destas, os jogadores estão frustrados, tristes. Se cai uma lágrima é bom, jogam com alma, paixão... Por isso eles têm de olhar para aquilo que fizeram, o orgulho que têm de ter nos dois jogos que fizeram, onde fomos inferiores só 10 minutos, quando o Otávio foi expulso, na parte final do primeiro jogo. Aí foram superiores. No resto fomos muito superiores ao Inter. O Inter cheio de grandíssimos jogadores, um clube com peso, com história, com jogadores de peso e onde também os tem pelo trabalho que fazem, pela dedicação que têm, pela ambição que têm. Agora, em pequenos detalhes, pequenos pormenores... Faltou-nos meter a bola na baliza. Em tudo o resto estou muitíssimo orgulhoso. É um misto entre orgulho e grande frustração. Não estou revoltado com nada, estou frustrado, estou triste, porque tenho o mesmo sentimento de 50 mil que estavam aqui no estádio, de muitos milhares que estavam em casa e dos jogadores."

Frustrante não ter vencido esta eliminatória? "Sim é, porque eles fizeram um trabalho fantástico. Foram dois jogos em que fomos muito superiores. Digo isto não só por causa da minha equipa, também pelo que o adversário não fez e normalmente faz. Não fomos eficazes em termos ofensivos e devíamos ter materializado mais oportunidades. A sorte vai-se buscar e fala-se depois deste traquejo e desse peso e história, mas nos estádios..."

Bola na trave no final: "É frustrante e dou-lhe dois exemplos. O André Franco tem uma situação dentro da área onde pode cruzar e dois centrais de 1,90m cortam a bola. O Namaso também e é aqui que se vê a maturidade e traquejo europeu, mas não vou dizer nada a eles porque estiveram muito bem, mas faltou um bicado disto. O peso e história não jogam, os jogadores é que jogam e cumpriram de forma fantástica o plano de jogo e depois, espremendo isto tudo, somos eliminados onde fomos superiores, tirando um período em que ficámos em inferioridade numérica em Milão."

Pepe e Otávio fizeram falta? "São jogadores importantes, mas estamos a falar de dois jogadores experientes e que fazem falta. Todos os treinadores querem ter todas as soluções, mas vamos olhar para a frente com otimismo e olhar para o que foi a estratégia e para o que foi a dedicação em campo, foi isso que disse aos jogadores no final."

Especulação da primeira parte, mudava algo? "Não, porque o Pepê se repararem no jogo, caía muitas vezes o Eustáquio na meia direita e o Pepê dávamos liberdade de ser ala com o Eustáquio nas costas do Mehdi. Os nossos três da frente muito pressionantes dos centrais que são os principais municiadores dos laterais para os cruzamentos, sabíamos disso, é repetitivo o que o Inter faz. Ou o jogo direto nos seus avançados, onde não criaram praticamente nada. Em posse estávamos sempre equilibrados. Uma ou outra vez saíram com perigo e anulámos essa vantagem na transição. Enfim, fomos muito superiores, mas quem passou foi o Inter. Vamos ao encontro do que já disse, esta incapacidade para nos termos jogadores para meter a bola na baliza. O que posso dizer ao Namaso ou ao André Franco que querem cruzar com três centrais de um metro e noventa, quando podem ir para dentro e chutar à baliza. É o tal traquejo que é necessário ter e aqui tempo não há. Aqui tem de se ganhar hoje e domingo e quem paga é sempre o mesmo."

Leia Também: Conceição desiludido com eliminação: "Não passámos, mas merecíamos..."

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