O FC Porto está a um curto passo de carimbar o apuramento para a tão aguardada final da Taça de Portugal, depois de, ao início da noite desta terça-feira, ter visitado e derrotado o Famalicão, na primeira mão das 'meias', por 2-1.
Os dragões entraram bem no jogo, 'mandões', e foram somando oportunidades desperdiçadas, ora por Toni Martínez, ora por Otávio, até que, aos 16 minutos, Luiz Júnior 'meteu a pata na poça', ao sair em falso, permitindo a Iván Marcano cabecear para uma baliza deserta.
Em desvantagem no marcador, os minhotos 'acordaram', finalmente, e encostaram os adversários 'às cordas'. Primeiro, Cláudio Ramos disse 'presente', ao negar o golo a Riccieli e Iván Jaime, e, depois, foi Jhonder Cádiz a atirar ao lado, quanto tinha tudo para marcar.
O empate acabaria por surgir pelos pés de Alexandre Penetra, que, de primeira, desviou um cruzamento milimétrico de Alex Dobre, tendo os homens de Sérgio Conceição ficado a pedir posição irregular, quando só Jhonder Cádiz estava já após a linha de fora de jogo.
Por falar no treinador dos campeões nacionais em título, este deixou bem claro que não estava a gostar daquilo que estava a ver, e, ao intervalo, mexeu a dobrar, retirando Marko Grujic e Danny Loader, para lançar em campo Matheus Uribe e Wenderson Galeno.
O ex-Sporting de Braga acabaria, de resto, por revelar-se 'fatal', visto que, menos de 20 minutos após pisar o relvado pela primeira vez, arrancou pela ala esquerda e cruzou para Toni Martínez, que, desta vez, não perdoou e selou o resultado final.
FC Porto e Famalicão voltam a encontrar-se já no próximo dia 4 de maio, desta feita, no estádio do Dragão. O vencedor da eliminatória, já se sabe irá defrontar, no Jamor, o Sporting de Braga, que, na véspera, deixou para trás o Nacional, por um resultado agregado de 7-2.
Figura
Otávio foi a prova viva de que as estatísticas, por vezes, pouco ou nada dizem sobre aquilo que é um jogo. O internacional português não marcou nem assistiu, mas foi um autêntico 'farol' na equipa do FC Porto, guiando-a pelas fases mais complicadas, seja com bola, seja sem ela, quando a agressividade imposta valeu a recuperação de bola em zonas importantes do terreno.
Surpresa
Wenderson Galeno 'saltou' do banco ao intervalo, depois de os dragões terem passado por um valente 'aperto', na reta final da segunda parte, e acabou por revelar-se determinante. Não encantou, é verdade, mas 'sacou da cartola' a jogada que culminou no decisivo golo de Toni Martínez, aos 63 minutos.
Desilusão
Uma exibição aquém das expetativas de Riccieli, que se viu ultrapassado pelos avançados do FC Porto, vezes sem conta. O lance em que tal ficou mais à vista teve lugar à passagem dos 63 minutos, quando viu Toni Martínez passar-lhe à frente para desviar a bola para o fundo das redes à guarda de Luiz Júnior.
Treinadores
João Pedro Sousa: O Famalicão entrou em campo com demasiado respeito pelo FC Porto, e, durante os 20 primeiros minutos, mal conseguiu sair do próprio meio-campo. Aos poucos (especialmente, depois do golo de Iván Marcano), a equipa foi-se libertando, pela 'batuta' de Iván Jaime e Ivo Rodrigues, e até chegou ao empate, mas, no segundo tempo, deixou-se levar pelas picardias e acabou derrotada.
Sérgio Conceição: Um arranque personalizado do FC Porto, pressionante e perigoso, deu a entender que o triunfo seria um mero 'passeio', mas tudo 'descambou', após Iván Marcano fazer o 1-0. Os dragões reduziram a agressividade de forma extrema e deixaram-se empatar, tendo o factor determinante sido a 'mão' de Sérgio Conceição, que, ao intervalo, reforçou a equipa com a segurança de Matheus Uribe e a irreverência de Wenderson Galeno.
Árbitros
Desempenho sem percalços de Gustavo Correia, que adotou um critério técnico e disciplinar amplo, procurando deixar jogar, apesar dos choques e das picardias que, aqui e ali, se iam verificando. Já no segundo tempo, à beira do apito final, exibiu o cartão vermelho direto a Otávio, do Famalicão, por suposta agressão a André Franco, mas, após consultar as imagens do VAR, não teve problemas em recuar na decisão.
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