O conselho recomendou, então, que o COI vote em 22 de junho para que seja removido o reconhecimento daquela federação, efetivamente banindo-a quando já está suspensa desde junho de 2019.
A Sessão do COI costuma ratificar as decisões do Conselho Executivo, pelo que a federação perderá a capacidade de organizar torneios olímpicos de boxe e perde o acesso ao financiamento por esta via.
A Federação Internacional de Boxe está desacreditada por repetidos escândalos de arbitragem, corrupção e dívidas, além de um antigo líder ligado ao crime organizado no Usbequistão, apesar dos esforços de reforma prometidos pelo novo presidente, o russo Umar Kremlev, eleito em 2020.
Um relatório hoje publicado considera que não cumprem as condições para ser levantada a suspensão, mas também que entrou em conflito direto e "intimidação" com o COI, que tem organizado por si próprio os torneios olímpicos, quer Tóquio2020 quer o próximo, de Paris2024.
A dependência financeira da Gazprom, gigante russo da energia, tornou-se ainda mais problemática no contexto da guerra na Ucrânia, podendo a modalidade sair a partir de Los Angeles2028, cujo programa final é ratificado este ano.
Uma nova federação, a 'World Boxing', agrega já vários países do Ocidente, dos Estados Unidos à Suíça, e promete trazer mais membros para trazer credibilidade ao desporto.