O Campeonato do Mundo de futebol feminino arranca já na próxima quinta-feira, na Austrália e na Nova Zelândia, mas ficará 'manchado' pela ausência de algumas das maiores estrelas, como é o caso de Leah Williamson, Beth Mead ou Vivianne Miedema.
Em comum estas três craques têm em comum o facto de se terem vindo afastadas da competição devido a lesões no ligamento cruzado anterior, e a responsável pelo futebol feminino australiano, Sarah Walsh, pede que se investigue o que está por trás.
"Durante muito tempo, as mulheres foram tratadas como pequenos homens. Há uma verdadeira falta de investigação. Todo o ambiente de alta performance está construído em torno dos homens", atirou, em entrevista concedida à estação televisiva britânica BBC Sport.
"Eu adoraria ter sabido se o meu ciclo menstrual estaria a contribuir para alguma das minhas reconstruções do meu joelho (...). Penso que, no cerne da questão, não estão os fabricantes dos equipamentos, mas sim a investigação", prosseguiu.
"Nem sequer arranhámos a superfície, e foi uma centena de anos de subinvestimento no futebol feminino que nos levou a este ponto, onde perdemos várias jogadores para este Mundial. É uma pena que não seja possível vê-las", completou.
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