O playoff de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões colocou o Sporting de Braga no caminho do Panathinaikos, clube que tem nas suas fileiras vários jogadores com ligações ao futebol português. É já nesta quarta-feira, a partir das 20h00, que os gregos defrontam os portugueses na primeira mão. O duelo é no Minho, seguindo-se viagem até à cidade de Atenas, a 29 de agosto
De Djuricic a Juankar, passando ainda pelo ex-Sporting Sporar, o nome com maior ligação ao nosso país dá pelo nome de Zeca Rodrigues, este verão de regresso ao clube grego. Aos 34 anos, o veterano jogador conta com larga experiência na Liga dos Campeões, depois de ter jogado seis temporadas nos dinamarqueses do Copenhaga.
Para chegar a esta fase da prova, o Panathinaikos teve de ultrapassar o Marseille, de Vitinha, num jogo que ficou resolvido nas grandes penalidades. Em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, Zeca antevê um jogo difícil contra o Sporting de Braga nos playoffs de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões. Ainda assim, garante que o Panathinaikos vai fazer de tudo para seguir na competição.
Jogo em Marselha? Claro que fomos felizes, mas isso faz parte do futebol também
A vitória diante do Marseille foi dramática e alcançada apenas nos penáltis. Como é que se controlam as emoções num jogo que estava contra vocês até ao último lance do tempo regulamentar?
Foi um jogo difícil fora de casa e com um ambiente muito complicado, sem adeptos nossos também. Sofremos um golo cedo no jogo, mas sabíamos que, a qualquer momento, numa situação de golo para nós, podíamos ficar na frente da eliminatória. Infelizmente isso não aconteceu e sofremos o segundo. Também sabíamos que com um golo empatávamos a eliminatória. A equipa teve de pensar nisso, ter cabeça fria e procurar por essa oportunidade. Claro que fomos felizes, mas isso faz parte do futebol também. Procurámos pela felicidade e trabalhámos para isso acontecer. Conseguimos e nos penáltis fomos melhores. Mas sempre com o pensamento de que qualquer que fosse o resultado, um golo metia-nos dentro da eliminatória. E isso aconteceu.
Quando o Filip Mladenovic marcou a grande penalidade decisiva, que sentimentos o invadiram? Lembrou-se de imediato que ia volta a Portugal?
Lembrei-me de que ia regressar a Portugal, mas naquele momento tivemos um sentimento de dever cumprido contra uma grande equipa da Europa, que se reforçou muito e que tem um orçamento diferente do nosso. Conseguimos lutar contra eles e eliminá-los. É um feito muito bom para uma equipa que não competia nas competições europeias há muitos anos. Deixou-me muito feliz saber que íamos estar a um passo, como estamos agora, de entrar na fase de grupos da Liga dos Campeões, e também o facto de regressar a Portugal e jogar contra uma equipa portuguesa.
A festa dos jogadores do Panathinaikos após a vitória em Marselha© Getty Images
O que espera deste duplo confronto contra o Sporting de Braga? Tem visto alguns jogos deles esta temporada?
Só vi o jogo que perderam em casa na primeira jornada do campeonato [ante o Famalicão]. Mas é uma equipa que vale pelo seu conjunto, tem muito boas individualidades. É uma equipa que já joga há muito tempo junta e com os seus mecanismos. Nunca muda muita coisa naquilo que é a sua forma de jogar. Esperamos um jogo muito complicado, mas com a ilusão de que podemos fazer algo positivo em Braga.
É mais vantajoso para vocês jogarem a segunda mão desta eliminatória na Grécia?
A eliminatória passada contra o Marseille foi ao contrário. Jogámos primeiro em casa e depois fora. Conseguimos um bom resultado em casa para levarmos para Marselha. Agora com os golos fora sem contar, acho que é igual para as duas equipas.
O apoio intenso dos vossos adeptos pode fazer a diferença se o resultado da primeira mão vos for desfavorável?
Claro, são a grande força da nossa equipa. A jogarmos em casa dão-nos uma motivação extra. Ajudam-nos muito e dão-nos muita força. Isso de certeza que vai acontecer no jogo em casa. Eles vão estar do nosso lado, apoiar-nos e puxar-nos para a frente. Para nós, é muito importante sentirmos esse apoio e essa força vinda das bancadas. Dá-nos mais alento.
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