Sem competir desde 21 de agosto, face ao adiamento do encontro da terceira jornada, com o Sporting de Braga, para 09 de setembro, a equipa 'axadrezada' aproveitou a pausa competitiva de 15 dias para "cimentar comportamentos ofensivos e defensivos" e para dar seguimento às exibições das duas primeiras jornadas, com FC Porto (derrota por 2-1) e Famalicão (0-0) numa deslocação em que espera um adversário "intenso e competitivo".
"Se o jogo for equilibrado, há mais uma razão para estarmos concentrados desde o início ao fim do jogo. Estamos num patamar diferente [face a 2022/23], na I Liga. Na II Liga, podemos falhar mais vezes e não saímos prejudicados tão facilmente. Se aqui adormecermos num segundo, somos prejudicados num segundo. (...) A equipa que estiver mais concentrada nos cinco momentos do jogo é a que vai vencer", disse, na antevisão ao desafio marcado para as 15:30.
Além de pedir "agressividade e concentração" aos seus pupilos nas bolas paradas defensivas, lances que, a seu ver, podem ser decisivos, o técnico de 42 anos pediu uma "equipa feliz" no Trás-os-Montes, que "valorize o jogo e valorize a bola", em busca do primeiro triunfo do campeonato.
"Fizemos dois bons jogos, mas não chegou para ganhar. Temos de fazer mais qualquer coisa para chegar à vitória que queremos e merecemos. Não podemos entrar numa obsessão. As coisas vão surgir naturalmente, porque a equipa tem uma vontade de aprender e compromisso", acrescentou.
O 'timoneiro' reconheceu ainda que a formação vimaranense precisa de melhorar a tomada de decisão e a eficácia face às duas primeiras jornadas, perante um adversário que ocupa a 18.ª e última posição da tabela, mas vale mais do que a goleada sofrida perante o Farense (5-0), na terceira ronda.
"A equipa está 'mexida' pelo resultado que sofreu em Faro. O resultado não traduz o que foi o jogo deles. Poderiam ter feito o 1-0 numa fase inicial e depois sofreram três golos de repente. Tem bons jogadores, com muita qualidade em termos individuais. Temos de estar preparados para o que vamos encontrar", avisou.
O treinador natural de Mirandela rejeitou que os flavienses se deixem afetar pela fase que atravessam, até porque diz conhecer "o apoio naquela casa", mas admite que a formação treinada por José Gomes pode sentir "algum desconforto ou desconfiança" caso o resultado não esteja de acordo com as expetativas do conjunto anfitrião.
Rui Borges disse ainda que o médio Wallisson e os avançados Hernâni Infande, Jeremy Antonisse e Matheus Aiás, contratados na última semana do período de transferências de verão, são "jovens com potencial", para acrescentarem qualidade ao plantel.
O Moreirense, 16.º classificado da I Liga portuguesa de futebol, com um ponto, defronta o Desportivo de Chaves, 18.º e último, sem pontos, em jogo marcado para domingo, às 15:30, no Estádio Municipal Engenheiro Manuel Branco Teixeira, em Chaves, com arbitragem de Hélder Carvalho, da associação de Santarém.