Minutos antes do início do primeiro treino da seleção nacional espanhola, na preparação do jogo com a Geórgia, Álvaro Morata, César Azpilicueta, Rodrigo Hernández e Marco Asensio, capitães da seleção principal, compareceram perante os meios de comunicação social, esta segunda-feira, para ler uma comunicado em nome de todo o plantel.
Nele, condenam Luis Rubiales e dizem que o presidente (suspenso) da RFEF "não esteve à altura" do seu cargo.
Após os acontecimentos em Sydney, seguiram-se inúmeras críticas a Rubiales, que disse que não iria abandonar o cargo, o que provocou um novo pico de contestação e extremar das posições, com as jogadoras da seleção a anunciarem não estarem disponíveis para voltarem a representar Espanha, enquanto os atuais dirigentes da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) se mantiverem nos cargos.
Onze membros da equipa técnica do selecionador feminino, Jorge Vilda, apresentaram a demissão. Por seu lado, o técnico condenou o "comportamento impróprio" do presidente da RFEF.
Leia o comunicado na íntegra: "Em primeiro lugar, queremos expressar mais uma vez o nosso orgulho e as nossas mais sinceras felicitações à seleção feminina pela conquista do Campeonato do Mundo em Sydney. Um marco histórico cheio de significado que marcará um antes e um depois no futebol feminino espanhol, inspirando muitas mulheres com uma vitória de valor incalculável. Por este motivo, queremos manifestar o nosso pesar e a nossa solidariedade para com as jogadoras que viram o seu êxito manchado.
-Queremos repudiar o que consideramos ser um comportamento inaceitável por parte do Sr. Rubiales, que não esteve à altura da instituição que representa.
-Estamos firme e claramente do lado dos valores que o desporto representa. O futebol espanhol deve ser um motor de respeito, inspiração, inclusão e diversidade e deve dar o exemplo com a sua conduta dentro e fora do campo.
-A partir de hoje, temos pela frente um estágio decisivo para o futuro do futebol espanhol, a caminho da qualificação para o Euro2024, com dois jogos contra a Geórgia e Chipre. Gostaríamos de poder concentrar-nos nas questões desportivas a partir de agora, dada a importância dos desafios que temos pela frente."
Leia Também: Rubiales quebra o silêncio após polémica: "Repito, houve consentimento"