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Líder do Marseille relata ameaças de fãs: "Investigaram a minha família"

"E as pessoas fazem isso para me tentar matar?", atirou o dirigente espanhol.

Líder do Marseille relata ameaças de fãs: "Investigaram a minha família"
Notícias ao Minuto

23:09 - 21/09/23 por Notícias ao Minuto

Desporto Pablo Longoria

Pablo Longoria, presidente do Marseille, concedeu, esta quinta-feira, uma extensa entrevista ao jornal francês La Provence, na qual revelou que tem vindo a receber ameaças de um grupo mais radical dos adeptos do clube francês.

"Não posso aceitar, não posso ouvir 'em Marselha é assim'. Na terça-feira, disse para mim próprio que, nas condições atuais, é muito difícil ter um projeto. É impossível trabalhar. Não é normal que um dirigente de futebol seja ameaçado. Que nos critiquem, sim, é para isso que nos pagam. Mas ser ameaçado...", disse o dirigente espanhol.

Afastado de forma provisória da liderança do emblema gaulês, face ao clima de intimidação que se tem vivido, Pablo Longoria relatou mais problemas sobre o dia a dia do Marseille.

"Nas condições atuais, é muito difícil ter um projeto e é impossível trabalhar. Não apresentei a minha demissão a Frank McCourt. Apesar de tudo o que foi dito sobre mim, não sou uma pessoa que se preocupa com os seus interesses pessoais. Se estou envolvido em tudo isto, é porque sou o presidente do Marselha. Represento uma instituição. Possuo um mandato do proprietário e do conselho fiscal. Tenho de assumir as minhas responsabilidades, como sempre fiz", declarou ainda.

O espanhol garantiu que a sua presidência se pautou sempre pela transparência, negando que esteja a receber dinheiro das transferências de jogadores.

"Houve insinuações sobre a minha família. Todas essas insinuações são baseadas em alarmismo. Decidi abrir uma auditoria, porque queria mostrar que não se passava nada. Apercebi-me de que a situação tinha ido longe demais. Dei todas as minhas contas bancárias, os meus números de telefone, os meus e-mails... Tudo. Descobriu-se que eu estava limpo. Dei tudo, até as conversas com a minha mãe...", atirou.

"Tive de fazer acompanhamento psicológico porque, com os valores que tenho na vida, nunca imaginaria que poderia ter chegado tão longe. Essa história comoveu-me muito. Problemas psicológicos... Não tive a minha mãe durante dois anos por causa de um problema psicológico. E as pessoas fazem isso para me tentar matar? Até investigaram a minha família! A minha família tem de passar por isto?", finalizou.

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