Há um mês no comando dos vitorianos, o treinador brasileiro diz que o plantel está numa fase em que deixou de se preocupar com a parte física para trabalhar mais a tática, e mostrou-se confiante de que a equipa vai interromper o ciclo de derrotas em que a eliminação da Taça da Liga pelo 'secundário' Tondela (1-0) aparece entre os desaires com Benfica (4-0) e Portimonense (2-1), para o campeonato.
"Três derrotas são três derrotas, ainda para mais num clube como o Vitória. Mas, vamos jogar como jogamos sempre: jogar para a frente. Estamos numa fase em que deixamos de nos preocupar com a parte física, de carga, e podemos evoluir para a parte mais tática, com movimentações, e dar mais atenção às ações com bola", vincou, na antevisão ao desafio marcado para as 18:00, em Rio Maior.
Ciente de que a mudança na forma de trabalhar do plantel não acontece num "estalar de dedos", o 'timoneiro' vitoriano pediu aos seus pupilos para manterem a "convicção no trabalho" e jogarem "com intensidade e inteligência", depois de terem feito "uma belíssima partida" frente aos algarvios até ao minuto 80, antes de sofrerem a reviravolta em "dois lances que foram uma fatalidade", quando a sua equipa jogava com "a ânsia de fazer golo".
"Temos de valorizar muito o que fizemos até aos 80 minutos, em que fomos uma equipa a jogar para a frente, com intensidade. Esses dois lances foram uma fatalidade, que se tornaram numa derrota muito pesada. (...) É na dor que aprendemos e evoluímos. Espero que esses 10 ou 12 minutos finais não se repitam no futuro", realçou.
Paulo Turra espera, por isso, que o Vitória de Guimarães esteja "mais atento aos detalhes" e aproveite as oportunidades que vão surgir para derrotar um adversário que projeta vários jogadores para o ataque assim que ganha a bola e saiu vitorioso da jornada anterior, face ao Arouca (1-0).
"O adversário tem as suas características. Empurra quatro jogadores para a frente na saída de bola. Vamos jogar com pressão, tentar forçar o erro, recuperar a bola no meio-campo ofensivo e ser verticais quando o adversário for atraído. Temos de ter passe interior, entre linhas, para efetivarmos o nosso jogo", especificou.
O técnico disse ainda querer um triunfo como presente de aniversário para o clube, que hoje comemora 101 anos, e lembrou a época 2004/05, em que foi defesa central dos minhotos, como exemplo de uma temporada que não começou bem, mas acabou com um quinto lugar e o regresso às competições europeias após um interregno de sete anos.
O Vitória de Guimarães, quinto classificado da I Liga portuguesa, com nove pontos, visita o Casa Pia, sexto, com oito, em desafio da sexta jornada, marcado para as 18:00 de sábado, no Estádio Municipal de Rio Maior, com arbitragem de João Pinheiro, da Associação de Futebol de Braga.