"Passámos uma borracha na época passada. Curiosamente, temos os mesmos pontos, mas, nesta casa, só se pensa no dia seguinte. Se fizermos uma primeira volta como no ano passado, fantástico, mas não é fácil fazê-lo, porque este campeonato vai ser mais competitivo do que o anterior. O nosso foco não está a médio ou longo prazo, está no treino e jogo seguintes. É com esta mentalidade que as coisas vão acontecer", afirmou.
Depois de duas vitórias, dois empates e uma derrota, os 'gansos' recebem o Vitória de Guimarães à procura ainda do primeiro triunfo na sua casa 'emprestada' de Rio Maior, onde somam um desaire com o Sporting (2-1) e uma igualdade frente ao Rio Ave (1-1).
"É sempre importante trabalharmos sobre vitórias, o sorriso na cara aparece muito mais facilmente. Não podemos encarar esta fase positiva com conforto, mas temos ambição de querer mais uma vitória no nosso caminho. É esse o objetivo, diante de uma equipa que, neste momento, não está numa fase muito positiva, mas a qualidade individual e coletiva está lá", realçou, sobre as três derrotas consecutivas do conjunto vimaranense.
Sob o comando do brasileiro Paulo Turra, treinador do Vitória de Guimarães a partir da terceira jornada, em substituição de Moreno Teixeira, os minhotos somam um triunfo, na primeira partida, e três derrotas seguidas, perante Benfica, Tondela e Portimonense.
"Devido à mudança de treinador, podem estar numa fase de adaptação a novas ideias. Tenho de estar muito focado nos nossos comportamentos. Espero um jogo competitivo. contra uma excelente equipa e jogadores. Acreditamos que o nosso bom momento não vai ser manchado por nenhuma falta de compromisso da nossa parte", frisou o técnico.
A pressão que o Vitória de Guimarães possa sentir em vencer, fruto da exigência que os adeptos colocam, é um cenário em que o Casa Pia não se foca em demasia, considerou Filipe Martins, que reforçou a vontade do clube lisboeta em conquistar os três pontos.
"O Vitória é um clube com uma massa adepta única, muito própria. Quem joga e treina o Vitória tem de convencer dia a dia. É um clube muito 'sui generis' nesse aspeto. Não temos de estar focados nos problemas dos outros, mas sim prontos e concentrados no que fazemos. Não vai ser diferente de outros jogos, a pressão está igualmente presente e acreditamos que, se fizermos um jogo competente, podemos tirar três pontos", disse.
Também à semelhança da temporada passada, o Casa Pia tem-se destacado como uma das defesas menos batidas da competição, com quatro golos sofridos, o que a coloca, a par de Sporting e FC Porto, no segundo lugar da estatística, apenas atrás do Famalicão.
"Na nossa zona central do terreno, mantivemos muito a identidade e os jogadores. São o pilar da nossa equipa, que se reflete em poucos golos sofridos. Melhorámos o registo ofensivo e a diferença de golos, marcámos em todos os jogos. Os golos que sofremos foram de fora da área. No interior da área, os nossos adversários não têm tido ocasiões claras de golo na cara do Ricardo [Batista], devido à nossa organização. Ter uma boa base vinda de trás ajuda-nos a atingir resultados de uma forma mais eficaz", expressou.
O Casa Pia, sexto classificado, com oito pontos, recebe no sábado, às 18:00, o Vitória de Guimarães, quinto, com nove, no Estádio Municipal de Rio Maior, em jogo da sexta jornada da I Liga de futebol, com arbitragem de João Pinheiro, da associação de Braga.
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