O Barcelona saiu do Estádio do Dragão a sorrir ao derrotar o FC Porto (0-1), esta quarta-feira, num jogo em que os dragões fizeram de tudo para pontuar, ainda que não tenham conseguido impedir a equipa dos portugueses João Félix e João Cancelo de assumir a liderança do grupo H da Liga dos Campeões.
Os catalães criaram as melhores oportunidades na primeira parte, com João Félix em destaque, mas o momento que viria a mexer com o marcador até se prendeu, imagine-se, a uma lesão. A saída de Lewandowski por lesão permitiu que Ferrán Torres fosse a jogo aos 33 minutos, sendo que não precisou de muito tempo para fazer o gosto ao pé, beneficiando de um erro crucial de Romário Baró para abrir o ativo em cima do intervalo (45+1').
Os dragões procuraram reagir no segundo tempo e, aí sim, protagonizaram os melhores lances do encontro, embora não estivessem a conseguir traduzir a superioridade em golos, perante um Barcelona muito 'faltoso' na hora de evitar o perigo.
Os cerca de 50 mil adeptos no Estádio do Dragão ainda chegaram a beneficiar de uma grande penalidade aos 77 minutos, por braço de João Cancelo na bola, mas o lance acabaria por ser revertido no VAR, instantes antes de Taremi ver um golaço ser-lhe anulado devido a fora de jogo.
Apesar de todas as tentativas em chegar, pelo menos, ao empate, a verdade é que os catalães conseguiram acabar o jogo sem sofrer golos e, assim, beneficiar de um solitário (e inesperado de certa forma) golo de Ferrán Torres para avançar para a liderança isolada do grupo, deixando o FC Porto a dividir o segundo lugar com o Shakhtar Donestk.
Vamos então às notas da partida:
Figura
Ferrán Torres não esperava entrar tão cedo na partida, mas acabou por 'beneficiar' da lesão do companheiro Lewandowski, sendo que até precisou de pouco tempo para brilhar. Já em jogo desde os 33 minutos, o golo decisivo surgiu na sequência de um erro individual de Romário Baró, em cima do intervalo (45+1'), acabando por sorrir na cara de Diogo Costa. Mesmo na segunda parte, o avançado espanhol foi falhando passes aqui ou ali, mas destacou-se sobretudo pelo golo e bastou.
Surpresa
Alan Varela voltou a fazer uma exibição de 'encher o olho' e terá obrigado Xavi Hernández a alterar algumas dinâmicas ofensivas e defensivas da equipa, sobretudo no corredor central, com o decorrer do jogo. O reforço argentino praticamente não falhou passes, ganhou vários duelos e até acabou o jogo sem faltas, o que também demonstra a forma como conseguiu sorrir perante alguns oponentes na hora de tentar deixar a sua equipa com a posse de bola.
Desilusão
Romário Baró acaba por ser 'crucificado' por um erro (talvez o único no jogo), em função do desfecho dessa mesma 'asneira'. O passe do médio português para trás, no meio campo, ficou curto e diminuiu as possibilidades de ver a sua equipa sorrir em campo, com Gundogan a aproveitar para assistir Ferrán Torres. A reação de Baró assim que perdeu a bola parecia dizer tudo e, apesar da revolta, o jogador seria substituído debaixo de uma enorme ovação aos 64 minutos.
Treinadores
Sérgio Conceição decidiu repetir exatamente o mesmo onze que utilizou no Clássico, apesar da derrota diante do Benfica (1-0), pelo que até poderá ter surpreendido, em parte, o adversário. No primeiro tempo, os dragões não conseguiram ser superiores e sofreram um duro golpe em cima do intervalo, ao qual tentaram reagir numa segunda parte de elevada categoria. Com quatro substituições a acontecerem apenas nos últimos cinco minutos, o FC Porto 'apertou', mas não sorriu.
Xavi Hernández promoveu duas alterações no onze, uma das quais forçada (em função da lesão de Raphinha), mas não abdicou das suas ideias de jogo, apesar das dificuldades criadas pelo FC Porto. O treinador espanhol viu a sua equipa ir para o intervalo com um golo muito oportuno, numa altura bastante desfavorável para os dragões, tendo depois gerido 'esforços' na segunda parte, ainda que recorrendo muitas vezes à falta para travar as investidas da equipa de Sérgio Conceição.
Árbitro
Anthony Taylor acabou por ser criticado por Sérgio Conceição na análise ao jogo, numa noite com lances de difícil análise. Já depois de ter visto Mehdi Taremi reclamar uma grande penalidade na primeira parte, o árbitro inglês não hesitou em apontar para a marca de penálti por braço de João Cancelo na bola, porém, seria alertado pelo VAR para identificar igual irregularidade de Eustáquio instantes antes. Tudo isto num jogo em que Taylor assinalou várias faltas e mostrou dez amarelos... e um vermelho.
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