"É um jogo especial para mim. Eu tenho um carinho especial pelo clube, pelos flavienses e transmontanos, em particular, porque estive dois anos em Chaves e fui muito bem recebido. O Desportivo de Chaves será sempre um clube especial para mim", reconheceu o treinador, em conferência de antevisão à partida da oitava jornada do campeonato.
O técnico, que orientou o clube transmontano desde meados da época 2020/21 até ao fim da temporada passada, em que conseguiu o sétimo lugar na I Liga, não escondeu que é uma vantagem defrontar uma formação que foi orientada por si num passado tão próximo, pelo conhecimento que tem do adversário.
"É lógico que alguns jogadores trabalharam connosco duas épocas e meia, um ou outro já trabalhou mais. Por exemplo, o João Correia é o jogador que mais tempo trabalhou connosco, foram três épocas no Vitória de Guimarães, mais duas e meia em Chaves. Como é óbvio, conhecemos bem alguns jogadores da época passada e há pormenores a que temos de estar atentos, mas, mais importante, é aquilo que vamos colocar em campo", explicou.
O Desportivo de Chaves é atualmente o lanterna-vermelha do campeonato, com quatro pontos, mas todos esses foram somados com Moreno no comando, ele que conseguiu empatar na receção ao Estrela da Amadora e ganhar em Arouca nas suas duas primeiras rondas, pelo que Campelos reconhece que existe um antes e depois do técnico no seu adversário.
"A melhoria em termos pontuais com certeza existe, é inequívoca. Tiveram algumas mudanças, nós também tivemos 13 jogadores que saíram e estamos a reconstruir uma equipa. No início da época, jogámos contra equipas que vinham com o plantel quase igual à época anterior, como o Vitória de Guimarães e o Benfica. A princípio da época, isso traz vantagens. Se calhar, se tivéssemos jogado antes com o Desportivo de Chaves, seria uma vantagem por isso mesmo - eles tiveram jogadores novos a chegar ao clube", considerou.
A vitória conseguida pelo Gil Vicente diante do Casa Pia (1-0) abriu boas perspetivas, num encontro em que o treinador do conjunto de Barcelos sublinhou o grande nível dos seus jogadores perante um oponente "que baixou muito o bloco", mas realçou que "não existem dois jogos iguais", pelo que aponta a necessidade da competitividade e concentração ao longo dos 90 minutos.
Tendo Campelos assinalado 100 vitórias enquanto treinador principal em Portugal, após o triunfo diante do Casa Pia (1-0), na passada jornada, o clube gilista fez questão de assinalar a data, através da oferta de uma camisola comemorativa, pelas mãos do diretor-geral dos 'galos', Tiago Lenho.
O Gil Vicente, nono classificado, com nove pontos, desloca-se ao terreno do Desportivo de Chaves, 18.º e último, com quatro, pelas 15:30 de sábado, sob arbitragem de João Gonçalves, da Associação de Futebol do Porto.