O Barcelona não demorou a reagir às notícias publicadas esta quarta-feira, relacionadas com o já famoso caso Negreira.

Ao início do dia, foi revelado que o juiz Joaquín Aguirre tinha acusado Joan Laporta de tentar acusar os antigos presidentes do clube, Sandro Rosell e Josep Maria Batromeu, de efetuarem pagamentos regulares ao antigo vice-presidente da Comissão Técnica de Árbitros, José María Enríquez Negreira, evitando assim ser acusado por sua vez, apesar de ter alegadamente efetuado as mesmas práticas durante os seus primeiros mandatos, entre 2003 e 2010.

O Barça terá utilizado esta prática durante 18 anos. Perante este novo acontecimento, o Barça não hesitou em emitir um comunicado a defender-se, apesar de Laporta não estar a ser visado.

"Na sequência da informação publicada hoje sobre a interlocutória do Tribunal n.º 1, o FC Barcelona gostaria de reiterar que se trata de uma acusação a pessoas singulares no âmbito do processo aberto no famoso Caso Negreira, com o objetivo de defender a entidade de um potencial delito de administração desleal durante o período em investigação. Esta comparência poderia ter ocorrido em qualquer momento da investigação do caso, mas o clube preferiu fazê-la desde o início para se posicionar sobre o pagamento a terceiros, dada a convicção da entidade de que o delito de corrupção desportiva não existia. O Barça voltou a afirmar que há anos contava com serviços de consultoria técnica para árbitros e jogadores, e que possuía documentos que comprovavam sua existência e realidade. Todo este material, que se destinava a melhorar a preparação dos jogos das equipas de futebol profissional, foi pago sob a forma de facturas pagas à empresa que prestava os serviços, e parte do material retido foi recentemente entregue ao Tribunal, que está a conduzir a investigação. Sob a direção do Presidente Laporta, os pagamentos foram sempre feitos à empresa que, em determinado momento, era responsável por esta função, e nunca a terceiros ou empresas. Lamentamos que o despacho ontem notificado contenha opiniões e juízos de valor que põem em causa a ética do Presidente Joan Laporta quando :

1) A pessoa que aparece no processo e que está a ser investigada é o FC Barcelona, e não o seu atual presidente.

2) O clube tem o direito de defesa no processo.

3) Se necessário, o clube também pode ser prejudicado.

Importa ainda recordar que o processo se encontra em fase de instrução e que os juízos pessoais incluídos no processo apenas serviram para gerar um estado de confusão na opinião pública e na publicação que, certamente de forma não intencional, causou graves danos à imagem do clube e do seu Presidente. Em todo o caso, o clube, liderado pelo seu Presidente, continuará a defender os legítimos interesses da instituição através dos advogados que integram o departamento jurídico deste processo".

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