A imprensa argentina está em estado de choque, com a TyC Sports a descrever o caso como uma "quinta-feira de terror" e o Olé como um "pesadelo".
Os graves incidentes ocorreram no bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro, entre os adeptos do Boca Juniors e do Fluminense, dois dias antes da final da Taça Libertadores no lendário Estádio do Maracanã (sábado, 20 horas). O jogo poderá ser disputado à porta fechada.
Em comunicado, a polícia brasileira referiu-se apenas a "agressões entre adeptos". No entanto, de acordo com relatos da imprensa argentina e imagens publicadas nas redes sociais, os confrontos eclodiram por volta das 17h00, quando alguns ultras do Fluminense irromperam no estádio para agredir os adeptos do Boca Juniors. Os confrontos resultaram em feridos e vários roubos.
A polícia interveio após cerca de dez minutos, usando balas de borracha e gás lacrimogéneo. Mas a repressão visou sobretudo os adeptos do Boca, uma vez que a maioria dos adeptos do Fluminense tinha fugido. Três pessoas, dois argentinos e um brasileiro, foram detidas, segundo a polícia.
Os métodos da polícia brasileira suscitaram dúvidas e críticas na Argentina. O jornal Olé escreveu: "Mais uma vez, vergonha para o Brasil (...) Há menos de quinze dias, alertámos para que se desconfiasse da polícia brasileira. Já era um dado adquirido que o Rio seria invadido por um número extraordinário de adeptos do Boca, e o historial do tratamento dado aos estrangeiros que iam disputar taças continentais no Brasil era preocupante. Agressões, emboscadas e intervenções desproporcionais, virulentas e tendenciosas das forças de segurança resultam invariavelmente em ferimentos e detenções".
Mais confusão agora a noite.
— MSP-Movimento Sem Picanha (@mspbra) November 3, 2023
Muita confusão com torcedores do Boca Juniors e Fluminense, hoje em Copacabana. pic.twitter.com/agelG87LcM
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