"Esta equipa que foi hoje apresentada todos foram dirigentes ou atletas de alta competição. Na outra lista não vejo ninguém com experiência diretiva. Já tenho um percurso como atleta e dirigismo há 50 anos. Há muita experiência", adiantou o candidato ao cargo de presidente do Marítimo no final da apresentação do programa da lista B, que teve lugar no Museu da Casa da Luz, no Funchal.
O antigo vice-presidente do clube insular, que pertence ao lote das primeiras quatro demissões tornadas públicas em 19 de outubro, que levou à queda da atual direção ao juntaram-se os pedidos do conselho fiscal e Mesa da Assembleia Geral do clube, candidata-se, agora, ao cargo de presidente, explicando que a intenção de se demitir remete a junho do presente ano.
"Esta direção já não fazia sentido. Havia de facto divergências internas em termos da estratégia e visão para o futebol profissional, mas havia a responsabilidade de tentar manter um certo equilíbrio para tentar pelo menos que o Marítimo saísse bem desta situação", frisou, admitindo que infelizmente o desfecho não foi o melhor e culminou com a descida de divisão.
No programa apresentado explicou que não incorrerá no erro da liderança bicéfala, modelo defendido por Rui Fontes durante a sua campanha e primeiros meses no cargo, que acabou por dissolver e acumular as funções de presidente do clube e da SAD, poucos meses depois.
"Houve por parte do presidente [Rui Fontes] a intenção de alterar o modelo que tinha idealizado inicialmente. Entendo que o Marítimo tem de ter uma estrutura profissional. Nessa altura continuei, mas sob a condição de termos uma pessoa profissional no futebol, daí a vinda do Tiago Lenho", afirmou explicando a razão da sua continuidade.
O ainda dirigente da SAD 'verde rubra' sublinhou que já está a estruturar o plantel para o mercado de inverno, em conjunto com a equipa técnica e restante estrutura da SAD, afirmando que já estão identificadas as posições com carências, como também jogadores para as preencherem.
Levado a comentar a animosidade entre adeptos e Tulipa no final do encontro em Leiria, que terminou com um desaire dos madeirenses, por 4-3, Carlos Batista disse que entende o desagrado, mas lembra que o Marítimo está a um ponto da subida, admitindo, porém, que os adeptos têm toda a legitimidade de querer mais resultados.
Sobre o prolongamento do prazo de entrega de candidaturas anunciado hoje, o líder da lista B referiu que "desde que cumpram as regras são sempre bem-vindos".
O prazo inicialmente comunicado para a apresentação das candidaturas foi de 06 de novembro, passando, agora, para 13, segunda-feira, às 17:00, estando o ato eleitoral marcado para 17 de novembro.
Para a direção do emblema do Almirante Reis, Carlos Batista apresentou como vice-presidentes Cristina Vieira, Nuno Oliveira e João Aguiar, estando Francisco Sá para vogal efetivo.
O conselho fiscal é composto por Francisco Rodrigues (presidente), Filipe Vasconcelos (vice-presidente), Isabel Dias (secretário), Cláudia Pires (vogal) e Pedro Ornelas (vogal).
Para a Mesa de Assembleia Geral, a lista apresenta como candidato a presidente Rui Abreu, e Marco Fernandes como vice-presidente e António Dias como secretário efetivo.