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Trabalham 56 horas/semana em Camp Nou e só pedem "um pedaço de pão"

Uma reportagem do diário El Periódico revela provas de exploração de trabalhadores na construção do novo estádio do Barça.

Trabalham 56 horas/semana em Camp Nou e só pedem "um pedaço de pão"
Notícias ao Minuto

12:34 - 20/11/23 por Notícias ao Minuto

Desporto Barcelona

Uma extensa reportagem do diário El Periódico, que há cinco meses investiga as obras em Camp Nou, concluiu que há "exploração laboral" dos trabalhadores que estão a efetuar a remodelação do estádio, cujos salários são inferiores ao salário mínimo, não recebendo horas extraordinárias e sendo obrigados a trabalhar até aos sábados com ameaças de despedimento se chegarem atrasados.

Foi o que aconteceu a Mohamed (nome fictício), um habitante de Manresa que, às sextas-feiras, tem de dormir na rua junto a Camp Nou para chegar a horas no dia seguinte (8h00), quando os horários da RENFE o impedem de fazer a viagem desde a sua cidade natal. "Pareço um escravo", admitiu este mesmo trabalhador ao jornal. Este é um sentimento generalizado entre os entrevistados.

O Barcelona abriu o processo de adjudicação para a remodelação do Camp Nou em setembro de 2022 e 130 dias depois foi escolhida a Limak, uma empresa turca que oferecia as condições mais económicas.

Como é habitual neste tipo de megaconstrução, a empresa subcontratou os serviços de outras, a maioria das quais na Catalunha, onde a fraude laboral é galopante. O El Periódico refere que a Inspeção do Trabalho já visitou as obras em três ocasiões e constatou irregularidades.

Os trabalhadores dizem que trabalham até 56 horas por semana e que o seu salário ronda os 1000 euros, sem horas extraordinárias nem pagamento aos sábados. Todos os trabalhadores que dão a sua versão anónima no artigo são imigrantes, e os subcontratantes jogam com a sua precariedade de vida e com o medo de perderem o emprego. "Prefiro estar aqui a trabalhar do que num bar, 12 horas por dia, a ganhar 600 euros", explica um deles. "A vida é muito dura. Tenho sofrido muito. Sou apenas um trabalhador à procura de um pedaço de pão. Não posso fazer nem dizer nada porque preciso do trabalho para viver", referiu outro dos trabalhadores.

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