Royston Drenthe e Rafael van der Vaart foram convidados do programa Kick 't Met, da Ziggo Sport. O talk show foi uma homenagem a Drenthe, que pendurou as chuteiras poucos dias antes. Os dois jogaram juntos no Real Madrid e foi nessa altura que deixaram as suas melhores marcas. Os dois jogadores da seleção neerlandesa contaram detalhes muito interessantes dessa época e, sobretudo, do que fizeram fora dos relvados.
"Um sábado estávamos a jogar em casa contra o Barcelona, mas na quinta-feira anterior o Drenthe insistiu em ir a uma festa. Pensei: 'Não devia fazer isso'", riu-se Van der Vaart. "Nesse jogo, perdemos por 0-2 [foi a 10 de abril de 2010, com Pellegrini no comando] e houve uma grande agitação na imprensa. Eu estava no onze inicial para o jogo contra o Barcelona, embora só tenha ido à festa por cinco minutos", revelou o médio.
Em vez de esclarecer as coisas, Drenthe complicou ainda mais a situação. "Era uma festa à porta fechada. Gonzalo Higuaín também estava lá....". Nessa altura, Van der Vaart interrompeu-o para explicar os pormenores dessa famosa festa: "Todos os membros da nossa equipa estavam nessa festa, e foi precisamente por isso que perdemos esse jogo". Ambos se riram sobre os envolvidos na festa....
Drenthe, que anunciou a sua retirada do futebol profissional há alguns dias, também foi elogiado por um dedicado Van der Vaart. "O que eu acho lamentável, e o que eu também disse a ele, é que Royston é o melhor lateral esquerdo que os Países Baixos já tiveram. Se ele tivesse deixado de lado o seu ego e o seu futebol de rua, ainda teria jogado na lateral esquerda da 'laranja mecânica' até há quatro anos".
A verdade é que Drenthe só jogou 10 minutos como internacional neerlandês. "Ele gostava de jogar contra Cristiano Ronaldo nos treinos. Achava isso um desafio. Perguntava a si próprio: 'Cristiano, quem é aquele? "Cristiano Ronaldo ficou louco com ele. Era rápido, ágil e técnico - como é que ele podia passar por ti? A certa altura, o Cristiano começou a correr pelo flanco esquerdo, porque já não sabia o que fazer com o Drenthe", disse Van der Vaart sobre um Drenthe que gostava das explicações do seu "amigo".
O Real Madrid tinha Marcelo na lateral esquerda, mas Van der Vaart coloca Drenthe ao seu nível. "Na altura, não havia qualquer diferença em relação a Marcelo, estavam perfeitamente equiparados. A única diferença era que Royston preferia ser um extremo esquerdo em vez de um lateral. Ele queria atacar e efetuar ações junto à área", concluiu Rafael van der Vaart.
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