"Cabe agora ao Comité Olímpico Internacional e às federações internacionais examinar com precisão se os desportistas russos e bielorrussos devem ser excluídos se apoiaram de alguma forma a guerra de agressão russa ou se têm alguma ligação com o Governo russo ou com o exército russo", referiu a ministra Nancy Faeser, que tem a pasta do Desporto, em comunicado.
Na sexta-feira, o COI autorizou a participação de atletas russos e bielorrussos nos Jogos Olímpicos Paris2024, sob bandeira neutra e mediante a condição de não terem apoiado ativamente a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Apenas 11 "atletas individuais neutros" -- oito russos e três bielorrussos -- estão, neste momento, qualificados para a próxima edição dos Jogos Olímpicos, da qual estes dois países se mantêm excluídos das provas por equipas, informou o COI, em comunicado.
"Putin não deve ser autorizado a utilizar os Jogos Olímpicos de Paris para a sua propaganda, em circunstância alguma. Que as equipas russas continuem excluídas e que as bandeiras e os símbolos sejam proibidos é o mínimo que podemos esperar do COI", acrescentou.
Depois da exclusão do desporto mundial em fevereiro de 2022, o organismo olímpico tem defendido que os atletas russos e bielorrussos não devem ser penalizados pelas ações dos governos dos seus países.
Em março, o COI recomendou às federações internacionais a reintegração nas suas competições de russos e bielorrussos, sob bandeira neutra, mas adiou "para um momento oportuno" a sua própria decisão sobre a presença em Paris2024 e nos Jogos Olímpicos de Inverno de 2026, em Milão-Cortina.