O Benfica está prestes a oficializar o primeiro reforço de inverno. Marcos Leonardo vem do Santos, custa 18 milhões de euros e chega à Luz com um objetivo bem traçado: marcar golos. Esta é, aliás, mais uma aposta milionária por parte dos responsáveis encarnados, que tentam, sobretudo, fazer esquecer a saída de Gonçalo Ramos, internacional português que ainda deixa saudades por entre os adeptos.
Na prática, Marcos Leonardo, de apenas 20 anos, é o terceiro investimento do Benfica para corresponder, com golos, à saída de Ramos para o PSG. Casper Tengstedt foi o primeiro a chegar à Luz, há precisamente um ano e numa altura em que a saída do ponta de lança português já estava a ser previamente preparada (sendo consumada no verão). Tengstedt custou sete milhões de euros e veio do Rosenborg, sendo que apenas esta época tem conseguido, a espaços, marcar pontos junto de Roger Schmidt e dos adeptos.
Após a saída de Ramos, para o PSG, a título de empréstimo, em agosto, o Benfica teve de ir ao mercado em busca de mais uma solução.... choruda. Arthur Cabral custou 20 milhões de euros e chegava à Luz vindo da Fiorentina e com o rótulo de garantia de golos. No entanto, o avançado brasileiro demorou a adaptar-se, tardou em marcar e chegou a ser protagonista pelas piores razões: um gesto obsceno para os adeptos à saída do Estádio da Luz.
Pediu desculpas publicamente e redimiu-se logo a seguir, com um golo de calcanhar, na Áustria, que garantiu a presença do Benfica na Liga Europa. No último jogo, diante do Famalicão, voltou a marcar, abrindo caminho à vitória (3-0), mas Schmidt quer... mais.
O saldo dos milhões e... dos golos
Feitas as contas, o Benfica já investiu 45 milhões de euros em pontas de lança com a clara necessidade de suprimir os efeitos causados pela saída de Gonçalo Ramos, cuja opção de compra de 65 milhões de euros já foi oficialmente acionada pelo PSG.
Na temporada transata, Ramos marcou 27 golos em 47 jogos pelo Benfica, conseguindo uma média de um golo a cada dois jogos. Se olharmos para os casos de Tengstedt e Arhtur Cabral, a média é bem... inferior. O dinamarquês marca um golo a cada 270 minutos, ao passo que o brasileiro fatura um golo por cada 178 minutos.
Musa fora desta equação
Destas contas fica o croata Petar Musa, uma vez que foi contratado ainda antes de Gonçalo Ramos se tornar no goleador de serviço na Luz. Musa chegou no verão de 2022, depois de ter dado nas vistas no Boavista, mas também tarda em conseguir convencer Schmidt: um golo croata por 184 minutos.
Leia Também: Negócio fechado: Marcos Leonardo já não foge ao Benfica