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Gâmbia em choque: "Mais 30 minutos de voo e toda a equipa tinha morrido"

Selecionador do conjunto africano falou sobre os momentos de pânico que se viveram a bordo do avião que estava a levar a equipa gambiana até à Costa do Marfim.

Gâmbia em choque: "Mais 30 minutos de voo e toda a equipa tinha morrido"
Notícias ao Minuto

21:34 - 11/01/24 por Notícias ao Minuto

Desporto Tom Saintfiet

Tom Saintfiet, selecionador da Gâmbia, recordou esta quinta-feira os momentos de pânico que a sua equipa viveu na quarta-feira, depois do avião em que os gambianos seguiam até à Costa do Marfim ter aterrado de emergência por falta de oxigénio.

A caminho da participação no Campeonato Africano das Nações, que decorre em território marfinense, o avião onde seguia a comitiva da Gâmbia teve de voltar atrás na rota e fazer aterragem de emergência na capital gambiana. Saintfiet confessou que vários dos seus jogadores podiam ter morrido.

"A tripulação local disse que houve um problema com o ar condicionado antes de descolarmos, mas que tudo ficaria bem assim que levantássemos voo. Após alguns minutos, estava muito quente no avião. Todos adormecemos porque faltou oxigênio e alguns jogadores não conseguiram acordar. O piloto percebeu e tivemos que voltar", começou por contar o técnico belga à BBC.

"As pessoas ficaram com dores de cabeça e se o voo durasse mais 30 minutos, toda a equipa teria morrido. O estranho é que as máscaras de oxigénio não saíram. Ainda bem que o piloto percebeu que se tratava de uma situação mortal e voltou para trás. Mas ainda estamos em choque", prosseguiu.

Apesar dos momentos de pânico vividos a bordo, a seleção da Gâmbia optou por treinar no regresso a Banjul, na noite de quarta-feira.

"Alguns jogadores não puderam treinar por causa do que aconteceu. Eles ainda têm dores de cabeça e isso é preocupante, enquanto alguns jogadores ainda estão tontos. A equipa pediu para treinar porque estivemos a viajar durante a noite da Arábia Saudita para voltar para casa no domingo e na segunda-feira também. Treinamos para aliviar o stress. Queremos lutar e morrer pelo país dentro do campo de futebol, mas não fora dele", finalizou.

Leia Também: Voo da Gâmbia para CAN escapa a tragédia: "Poderíamos estar mortos"

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