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"100 milhões por Evanilson? Ninguém pode dizer que não acontecerá"

Carlos Chaínho, antigo defesa do FC Porto, fala em exclusivo ao Desporto ao Minuto sobre a importância de Evanilson na equipa de Sérgio Conceição. O ex-futebolista deixa elogios e abre a possibilidade de alguém pagar a cláusula de rescisão do brasileiro.

"100 milhões por Evanilson? Ninguém pode dizer que não acontecerá"
Notícias ao Minuto

07:56 - 16/01/24 por David Silva

Desporto Exclusivo

Evanilson é um dos jogadores em melhor forma no FC Porto. Nos últimos três jogos, soma quatro golos e uma assistência, além de contribuir para a primeira linha de pressão dos homens de Sérgio Conceição. O brasileiro, de 24 anos, assume cada vez mais importância no FC Porto.

Com 15 golos em 22 jogos, sendo que apenas 15 deles foi titular, o brasileiro está a bom ritmo para igualar ou até ultrapassar a melhor marca de golos ao serviço do FC Porto - 21 golos em 46 jogos, em 2021/2022.

O antigo defesa do FC Porto Carlos Chaínho traçou uma análise ao momento de Evanilson, em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, e deixou elogios ao brasileiro. 

"Sempre disse que Evanilson 'pegaria' se tivesse oportunidades de jogar, Neste momento, é dos melhores jogadores do nosso campeonato. Tem números impressionantes, 15 golos em todas as competições", começou por dizer o ex-futebolista de 49 anos. 

Quando marcas um jogador como Evanilson, tens dificuldades. Dá problemas na finalização e na pressãoPara Chaínho, uma das mais grandes mais-valias de Evanilson é a sua versatilidade. "Joga em qualquer sistema. Contra o Sp. Braga começou como referência, mas é um jogador que também pressiona. Cria desequilíbrios, é muito diagonal e não foge muito à componente tática. Tem essa vantagem de marcar e ajudar os seus. Joga sozinho, joga a dois avançados, se lhe pedirem para jogar nos corredores também consegue. É um jogador acima da média, na minha opinião. Encaixa-se muito bem na filosofia do Sérgio Conceição, e é um jogador que tem tendência de melhorar", diagnostica.

Enquanto antigo defesa-central, Chaínho partilhou balneário com grandes avançados, destacando-se Mário Jardel, antigo atleta do FC Porto. Evanilson ainda estará distante do estatuto que o compatriota alcançou, mas é também um jogador complicado para os defesas. 

"Quando marcas um jogador como Evanilson, tens dificuldades. Não dá só problemas na finalização como também na pressão. Hoje em dia no futebol atual é cada vez mais preciso esse tipo de trabalho de 'sapa'. Tem tempo para evoluir, é muito novo. Tem todo o mérito pelos números que conseguiu, que são muito bons", diz Carlos Chaínho, apontando, no entanto, qual o principal 'defeito' de Evanilson: "O grande problema dele são as lesões."

Lesões essas que o retiraram do início da temporada, sendo que Evanilson fez o primeiro jogo da época a três de setembro, contra o Arouca, e logo com um golo marcado. No jogo seguinte, na Amadora, disputou apenas 15 minutos e saiu em lágrimas. 

Uma aposta de futuro (se nenhum clube pagar a cláusula de rescisão)

Mehdi Taremi é cada vez mais uma carta fora do baralho do FC Porto, pois restam apenas seis meses de contrato com os portistas e, neste momento, já pode assinar por qualquer clube. Chaínho rejeita, no entanto, que Evanilson seja o 'sucessor' de Taremi, melhor marcador dos dragões nas últimas épocas.

"Ele faz sempre dupla com Mehdi Taremi. O Taremi costuma jogar sempre atrás dele, trabalha mais atrás. Não o vejo bem como sucessor. A consistência dele está a tornar o FC Porto melhor. Três golos na Taça de Portugal, um golo contra o Sp. Braga, mais um bom jogo. É uma certeza de momento", garante Chaínho.

As exibições de Evanilson não passarão despercebidas aos 'tubarões' europeus. Aos 24 anos, o avançado tem contrato até 2027 e cláusula de rescisão de 100 milhões de euros, uma das mais elevadas do FC Porto. Chaínho acredita que esse montante pode muito bem ser atingido por algum clube, dado o mercado atual.

"Isto tudo dependerá de quem dá os 100 milhões. Quem paga, leva. Neste mercado é difícil, mas não posso dizer se vão dar ou não. Isto hoje em dia dão 100, 120, 140 milhões... Ninguém pode dizer que não acontecerá. Eu julgo que o jogador não deve ser melhor só pela cláusula. Faz parte do jogo, hoje em dia, para os clubes garantirem um encaixe financeiro", conclui.

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