Sensivelmente 24 horas após a apresentação da candidatura de André Villas-Boas à presidência do FC Porto, Pinto da Costa, que ocupa esse preciso cargo há quase 42 anos, discursou perante centenas de adeptos num jantar organizado pela comissão de apoio à sua recandidatura, dando conta de três contornos (um já cumprido) que o poderão fazer avançar para novas eleições.
"Antes de pensar na minha recandidatura, o FC Porto teria de estar apurado para os oitavos da Liga dos Campeões, ter contas positivas e a academia pronta a avançar. Até lá, manter-me-ei no meu lugar, com o mesmo entusiasmo, a pensar em vencer e aumentar o número de taças no nosso museu, que é o nosso orgulho, com média de 2 mil visitantes por dia", começou por assinalar.
"Nunca ninguém me perguntou pelos saldos bancário do museu, desde logo pela Taça dos Campeões Europeus ou pelo pentacampeonato. O FC Porto é um clube a vencer desde 1893 e que nos útimos 4 anos venceu tanto como os outros todos juntos. Vai continuar a ganhar. Qualquer dia o museu vai ser pequeno", vincou, com assertividade, num jantar que foi adiado em função do acidente de viação sofrido no passado mês de dezembro, uma vez que o evento estava agendado para a altura do Natal.
Pinto da Costa defendeu ainda que os atuais resultados negativos estão relacionados com a aposta forte em chegar aos 'oitavos' da Liga dos Campeões, de forma a que as contas possam vir a ser "altamente positivas", num clube onde continua a ter "muitos sonhos para o futuro".
"À parte deste presente grandioso, tenho muitos sonhos para o futuro. O FC Porto tem sido massacrado por algumas pessoas e pela maioria da comunicação social pelos resultados das últimas contas. Já explicámos e dissemos, mas falar para quem não quer ouvir é difícil", atirou.
"Dissemos que foi opção nossa neste trimestre ter resultado negativo para chegarmos aos 'oitavos' da Champions, a única equipa portuguesa que lá está. No final do ano iremos provar que o nosso raciocínio estava certo, porque as contas vão ser altamente positivas. Isso, obviamente, não será notícia, virá escondido na necrologia… Certo é que foi a estratégia que traçámos a pensar no futuro do FC Porto", completou.
Recorde-se que o dirigente de 86 anos já tinha manifestado a intenção de resolver a problemática relacionada com os capitais próprios negativos antes de se apresentar como candidato às eleições do próximo mês de abril, onde estarão André Villas-Boas e Nuno Lobo a competir pelo cargo.
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