O Benfica venceu o Boavista, por 2-0, no Estádio da Luz, com golos de Ángel Di María e Marcos Leonardo. Foi um jogo em que os elementos encarnados oscilaram entre o desperdício e o controlo completo do jogo, com Ángel Di María a destacar-se dos demais. O jovem Marcos Leonardo entrou nos minutos finais e ganhou mais um 'crédito'.
O Benfica apresentou-se com uma grande mudança no onze inicial. João Neves, por motivos físicos, deu lugar a Florentino Luís no meio-campo. Já o Boavista, tinha algumas ausências forçadas devido à CAN, e problemas físicos, como o lateral Pedro Malheiro.
O Benfica teve um grande domínio da posse de bola e predominância nas chances de golo. Na primeira parte, destaca-se um triplo falhanço de Rafa Silva, Arthur Cabral e João Mário, aniversariante da noite. Nenhum chegou ao bom cruzamento de Morato. Outras tentativas seguiram-se de fora da área, por Kokçu e Di María. O Boavista não criou perigo na primeira metade.
Logo no primeiro minuto da segunda metade, golo anulado ao Benfica. Angel Di María reage a um 'balão' perdido na grande área do Boavista, depois de remate de Rafa Silva, e introduz a bola na baliza. Na jogada, João Mário tinha tocado com a mão na bola e o VAR recomendou a Gustavo Correia a anulação do golo, algo que veio a confirmar-se.
Bozenik, do Boavista, ainda ameaçou (levou grande resposta de Trubin) mas Di María acabaria por marcar mesmo o golo do Benfica. O argentino cruzou, puxado e com efeito, e a bola entrou dentro da baliza de João Gonçalves. O VAR ainda analisou se havia interferência de terceiros, mas validou o lance.
A formação de Ricardo Paiva foi incapaz de reagir com ocasiões de perigo, mas, ao mesmo tempo, o Benfica parecia 'claudicar' na hora de matar o jogo. Já nos descontos da segunda parte, Marcos Leonardo, acabado de entrar desde o banco suplentes, encostou para o 2-0 após uma assistência de Ángel Di María. Vitória praticamente incontestada do Benfica, com Roger Schmidt e companhia a aproximarem-se do Sporting de novo (um ponto de distância).
Figura
É praticamente impossível não nomear outro 'homem-do-jogo' que não Ángel Di María. O argentino, melhor marcador das águias esta época, foi decisivo na criação de oportunidades e, curiosamente, foi a partir de um cruzamento que obteve o seu golo. Ainda assistiu Marcos Leonardo, que teve mais um golo na conta pessoal.
Surpresa
Morato tem sido questionado como lateral-esquerdo, uma opção de recurso que se perpetuou desde há algum tempo. Desta feita, o brasileiro acabou por ser um elemento importante a nível ofensivo, com alguns cruzamentos bem tirados pela esquerda. A nível defensivo, também não comprometeu.
Desilusão
É aniversariante, mas não presenteou a Luz com uma boa exibição. No meio de outras estrelas mais brilhantes, João Mário tem estado apagado esta temporada e este jogo foi mais um exemplo. Por azar, ou talvez não, o primeiro golo de Di María foi anulado após mão na bola do internacional português.
Treinadores
Roger Schmidt não cedeu à inclusão de Álvaro Carreras no onze inicial e parece ter acertado na decisão. O espanhol chegou ainda esta semana ao clube e Morato deu conta do recado. Poupou João Neves após alguns problemas físicos do médio e lançou Florentino. Nas substituições, polvilhou a equipa com mais algum pulmão. Nota positiva.
Ricardo Paiva tinha poucos argumentos contra um Benfica que tem outra valia nos seus jogadores, bem como maior estabilidade 'extra-campo' (os boavisteiros têm salários em atraso). Apesar da postura bastante conservadora, o mérito do Boavista foi adiar a decisão do resultado até aos descontos. Talvez mais algum risco tivesse compensado.
Árbitro
Gustavo Correia, jovem árbitro da AF do Porto, pecou na gestão das emoções. As suas decisões e a amostragem 'fácil' de cartões amarelos por protestos causou fortes assobiadelas no Estádio da Luz. No critério disciplinar, parece ter feito um jogo positivo, em parte devido aos conselhos do VAR - maior exemplo foi o golo anulado ao Benfica, com mão detetada na Cidade do Futebol.
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