Carlos Melo Brito, elemento do Conselho Superior do FC Porto, confessou, esta segunda-feira, em declarações prestadas à Rádio Renascença, que não se revela nas mais recentes críticas dirigidas por Jorge Nuno Pinto da Costa a André Villas-Boas.
Na cerimónia de apresentação da recandidatura à presidência dos dragões, o atual líder máximo avisou que não iria permitir que ninguém fizesse do clube um "entreposto de negócio com árabes", algo que, na opinião do professor universitário, poderá não passar de mera conversa de sufrágio.
"Penso que seria um bocadinho abusivo dizer que o André Villas-Boas vai dar-lhe dinheiro a ganhar outros. Penso que é um apelar à emoção, à defesa dos valores tradicionais do FC Porto. Para mim, não é muito relevante, porque é normal", afirmou.
"Admito que é ele [Pinto da Costa] tenha tomado consciência de que chegou ao fim um ciclo e que da próxima vez não irá candidatar-se. Quem sabe até abrindo a porta ao atual candidato alternativo, André Villas-Boas", acrescentou.
Carlos Melo Brito defendeu, ainda, que Pinto da Costa deveria "esclarecer" a relação que mantém com Fernando Madureira, líder dos Super Dragões: "Caso não haja um esclarecimento cabal, admito que os sócios tirem daí as suas conclusões, portanto, alguma coisa terá de ser dita".
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