Rui Costa, presidente do Benfica, admitiu esta sexta-feira que a chegada do brasileiro Marcos Leonardo em janeiro se deveu à falta de golos dos avançados à disposição de Roger Schmit na primeira metade da época, destacando ainda que a contratação do canarinho só foi possível por conta da descida de divisão do Santos.
"O Marcos Leonardo, admitindo a carência de golos que estávamos a ter dos nossos avançados, entendemos que precisávamos de mais um avançado. Entendo que muita gente possa pensar que os reforços devem ter uma certa experiência e que possam chegar e ser afirmações claras no imediato. Mas não há nenhum clube que me venda um avançado que esteja a fazer 20 golos e que possa sair em janeiro", começou por dizer Rui Costa.
"Aquilo que fizemos foi encontrar um jovem avançado que pudesse chegar e no imediato acrescentar, mas olhando para o futuro. Partiu muito daí. Só foi possível contratar Marcos Leonardo neste defeso, porque, com o devido respeito, o Santos desceu de divisão. Aproveitámos esta oportunidade e as boas relações com o Santos e com todos os clubes com quem trabalhamos. São aquisições que não nos custam dinheiro vivo neste momento. São aquisições que são pagas a partir da próxima época. O Marcos já levava perto de 50 golos pela equipa do Santos. Dá-nos garantias para o presente e para o futuro. Tem mostrado o porquê da nossa vontade de o ter", prosseguiu.
Rui Costa explicou ainda as restantes contratações de Rollheiser, Prestiani e Carreras.
"Vou começar pelo Prestianni, que foi o último a assinar contrato mas foi o que foi feito mais cedo. Eu cheguei a afirmar isso, que o Prestianni no mercado de verão já estava tudo feito, mas pela idade dele não poderia vir para o Benfica. Só aos 18 anos poderia assinar contrato. Era um alvo identificado há muito tempo", vincou, antes de passar para Carreras.
"Não há rodeios. Jurásek não teve o impacto que nós esperávamos. No início da época também trouxemos Bernat. Um era mais jovem e margem de crescimento e o Bernat é um jogador consagrado, com muitos anos de PSG e Bayern Munique. Foi essa nossa política para substituir Grimaldo. Acontece que infelizmente para nós e para ele, não esteve praticamente ao serviço do Benfica, pelas lesões que tem tido. Tem sofrido bastante por estar ausente. Muito se tem falado dos laterais do Benfica. Bah e Bernat estiveram lesionados durante parte da época. Foram lesões graves. Neste momento era necessário reforçar a lateral esquerda. Carreras entronca na política desportiva. É um jovem com 20 anos, mas com bom andamento nas pernas, titular nos sub-21 de Espanha, escola Real Madrid, no Manchester United. Acreditamos muito no seu potencial. Foi o alvo que identificámos e acabámos ter a sorte de o trazer", frisou Rui Costa.
"E depois o Rollheiser, que também já estava praticamente feito para o início da próxima época, mas com a movimentação de Guedes e com a possibilidade de o trazer nas mesmas condições do Marcos Leonardo. Ou seja, contratação com compra obrigatória a ser efetuada na próxima época. Antecipámos a chegada de Rollheiser em cinco meses, não só porque acreditamos que pode ser um elemento importante nesta época, mas acima de tudo antecipando a adaptação dele a uma realidade diferente. Ter espaço para ajudar a equipa no presente e adaptando-se para ser uma mais-valia para o futuro", sentenciou.
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