De quase desilusão a estrela que mantém vivo o sonho do FC Porto. Galeno tem-nos habituado a exibições galáticas na Liga dos Campeões, mas neste jogo diante do Arsenal foi algo inconsequente... até ao tempo de descontos no Estádio do Dragão.
Mas já lá vamos. 21 golos nos últimos cinco jogos foi o cartão de visita com que o demolidor ataque do Arsenal se presentou na Invicta. A estes números juntava-se o facto dos gunners terem marcado em todos os jogos da Liga dos Campeões... até um tal de senhor Champions ter acabado com esse feito.
Num Dragão à pinha para um jogo que prometia ser de emoções fortes, o FC Porto optou por deixar o seu rival com a posse de bola, procurando o erro do rival, e resistiu até ao minuto 90, altura que Galeno surgiu para ser o herói da partida.
Com um final digno de filme, e de deixar os adeptos eufóricos, o brasileiro, que até tinha falhado de forma inacreditável um golo na primeira parte, armou um remate de fora da área e marcou um golaço que fez explodir as bancadas no Dragão.
Este golo da vitória vai levar para o Emirates Stadium a decisão dos oitavos de final da Liga dos Campeões e permitiu que Galeno levasse para casa o prémio de homem do jogo.
Mas vamos às notas desta partida:
Figura
Galeno tem-nos habituado a sobressair em jogos da Liga dos Campeões esta temporada e na receção ao Arsenal não desiludiu. Carinhosamente tratado como senhor Champions pelos companheiros de equipa, o camisola 13 dos dragões foi capaz do melhor e do pior na partida. Mas o que fica é o golaço que marcou e não a perdida ao minuto 22.
Surpresa
Chamado a substituir o lesionado Zaidu, Wendell cumpriu o seu papel com distinção. Bukayo Saka deve ir ter pesadelos com o brasileiro, dado que o ex-Leverkusen travou todas as suas iniciativas.
Desilusão
Gabriel Martinelli é um dos nomes em destaque no tridente ofensivo do Arsenal, mas passou ao lado da partida. A defesa do FC Porto colocou a velocidade do brasileiro no bolso.
Treinadores
Sérgio Conceição
O treinador do FC Porto decidiu entregar a iniciativa de jogo ao adversário e procurar no erro dos londrinos a solução para o sucesso. Demorou 90 minutos, mas Galeno premiou a competência dos portistas a fechar os caminhos para a sua baliza.
Mikel Arteta
Esperava-se mais do Arsenal, sobretudo pelos muitos golos que tinha marcado nos últimos jogos. Há algum demérito dos gunners, que terminaram o jogo sem um remate enquadrado com a baliza de Diogo Costa, mas também mérito da estratégia do FC Porto.
Arbitragem
Nada a apontar ao trabalho da equipa de arbitragem liderada pelo neerlandês Serdar Gözübüyük. Teve critério apertado e nunca permitiu que os jogadores em campo escalassem para outros níveis de emoção.
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