O Benfica conseguiu um lugar nos oitavos de final da Liga Europa após uma sofrível exibição na visita ao Toulouse, que terminou num empate (0-0) sem golos. As águias contaram com o jogo da 1.ª mão, na Luz, onde venceram (2-1), para conseguirem seguir em frente na segunda prova de clubes da UEFA, sendo que a sorte também desempenhou um papel importante.
Afinal de contas, e tendo em conta a totalidade da eliminatória, o Benfica esteve muito longe de ser superior ao Toulouse, que, diga-se, também teve mais coração do que cabeça.
As águias acabaram por ser mais eficazes ao cabo dos dois jogos e seguem em frente nas competições europeias. O próximo adversário será conhecido já nas próximas horas.
Vamos aos protagonistas.
A figura
Trubin continua a ser sinónimo de segurança na baliza encarnada. O guardião ucraniano voltou a ser crucial no sucesso do Benfica, assinando um par de intervenções importantes que foram evitando o pior em Toulouse.
A cada jogo que passa, Trubin parece cada vez mais confiante e rapidamente fez dissipar as dúvidas que o rodeavam no início da temporada.
A surpresa
João Neves atravessa uma fase complicada a nível pessoal, mas dentro de campo mostrou ter a personalidade de um jogador com muitos anos de carreira. Pese embora tenha estado menos interventivo do que o habitual na hora de organizar o ataque, Neves foi dos poucos que nunca perdeu a noção de que era preciso fazer mais para sair do sufoco francês. Não parou um segundo.
A desilusão
Morato assinou uma exibição para esquecer. O jogador brasileiro voltou a ser utilizado como defesa esquerdo, mas revelou-se pouco inspirado a atacar... e a defender. Sem surpresas acabou por sair ao intervalo, dando o lugar a Álvaro Carreras.
Os treinadores
Carles Martínez
O treinador do Toulouse havia prometido que a equipa iria dar tudo, mas esse tudo acabou por ser... insuficiente. É certo que o conjunto francês esteve sempre mais perto do golo, mas a falta de pontaria foi gritante.
Roger Schmidt
O treinador do Benfica decidiu arriscar um pouco mais do que o habitual, alinhando com David Neres e Di María no mesmo onze, mas a equipa esteve longe de estar inspirada. Tentou agitar ao intervalo, mas também sem efeitos práticos. Exibição para refletir.
O árbitro
Maurizio Mariani foi conseguindo gerir o jogo sem grandes casos e quase sempre decidiu bem. Nada a apontar.
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