Análise: Os jogadores estão de parabéns, interpretaram em pleno o que foi preparado, nos diferentes momentos do jogo, percebendo os pontos fortes do Benfica e o que poderíamos explorar. Um grandíssimo jogo, sem história, mas que só vale três pontos. Aliás, algum dissabor por saber que não há, em termos de qualidade, uma distância tão grande no campeonato, a nível pontual, e os culpados somos nós. Eles demonstram que podem e devem fazer mais vezes exibições destas. Obviamente, isto tem um contexto diferente, mas a mentalidade vencedora e de campeão é essa. Diariamente, trabalhamos para passar isso aos jogadores. É um grupo jovem, não me canso de o dizer. Essa questão é muitíssimo importante. Ir a Barcelos e dar a mesma importância (...) tem de estar sempre presente. Estou feliz, não só pela vitória, mas por ser uma vitória muito afirmativa do que é a qualidade do grupo de trabalho. Parabéns aos sócios, adeptos e simpatizantes que vieram ao Dragão. Temos de encarar cada jogo como o último das nossas vidas, e incluo os adeptos, que são muito importantes para este final de campeonato.
Falta de consistência: Estou satisfeito. Posso não o demonstrar, porque o meu espírito é esse. Se essa concentração competitiva estivesse presente em determinados jogos, não tínhamos essa distância para os da frente. Ainda há alguns jogos a fazer. Neste clube, fomos habituados a nunca existir. Sabemos as dificuldades que existem, temos de superá-las, com uma resiliência muito grande, e, no final, faremos as contas.
Jogo mais perfeito do FC Porto: Todos os jogos que me deram títulos foram perfeito.
Contas da I Liga: Não é um resultado que tem de nos dar confiança, é o processo e o trabalho diário. Por vezes, os resultados podem não surgir (...). Muitas vezes, é difícil incutir em jovens essa responsabilidade. Não é que queiram agir dessa forma, mas trabalhamos esse aspeto. É verdade que essa consistência tem faltado, esta época. Vamos à procura, nesta fase final, de ser sólidos para ir buscar o que queremos.
Mérito do FC Porto ou demérito do Benfica: Normalmente, o que dizem é isso. O Arsenal também era fraquíssimo. Não perdia há não sei quantos jogos e tinha goleado, na Premier League. Hoje, provavelmente, vão dizer que o Benfica foi muito mau. Não. Há que dar mérito aos jogadores e ao trabalho de cada um, dentro de uma organização muito forte, a perceber o que tinha de fazer, contra o Benfica. Se olharem para o jogo em detalhe, vão ver que há muitos momentos em que o espaço apareceu porque o provocámos. Agora, falar de outras coisas... Podem falar do que querem, não é problema. Nós, que olhamos para o trabalho dos jogadores e para a estratégia, percebemos que foi interpretado na íntegra. Houve momentos fantásticos, podíamos ter feito mais um ou outro golo, foi um jogo completo. Agora, tem de haver mais jogos completos até ao final da época, para irmos buscar o que queremos.