Pinto da Costa, presidente do FC Porto, foi, na noite desta quinta-feira, confrontado com o processo disciplinar que o Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol lhe instaurou a propósito das críticas à arbitragem que fez após o jogo no Estoril.
Em declarações aos jornalistas num jantar com 50 jovens portistas, num restaurante na zona da Foz, no Porto, o líder dos azuis e brancos lamentou a falta de liberdade de expressão, recordando que o 25 de abril está aí à porta.
"Fico triste porque quando estamos próximo do 25 de Abril, que foi feito para termos muita liberdade, inclusive a liberdade de expressão, no futebol ainda não chegou o 25 de Abril. É triste, mas não me preocupa, nem afeta nada o meu trabalho, portanto a minha resposta é essa. Tenho pena, sobretudo porque a presidente do Conselho de Disciplina estará no dia 25, na Assembleia da República, a festejar o dia em que se teve liberdade de expressão e continuamos a não ter, mas é assim, não me preocupa nada isso", disse Pinto da Costa, citado pelo jornal O Jogo.
"Continuo a dizer que o Conselho de Arbitragem é de uma seriedade intocável, tal como referi na entrevista à SIC. Nunca pus em causa a honestidade das pessoas, mas não ter o direito de analisar o trabalho quando um indivíduo [árbitro] faz um mau trabalho… é o que eu lhe digo: temos de fazer um 25 de Abril no futebol português e fico triste que seja uma deputada que está à frente do Conselho de Disciplina", acrescentou.
O presidente dos portistas deixou ainda uma reação aos processos disciplinares que foram abertos contra Diogo Costa e Francisco Conceição.
"Ah, não faço ideia. Se foram castigados? Já estavam... Por pontapés na porta? Aí na porta, julguei que era na bola, se não então é que estávamos tramados. Não, nem respondo a isso, nem respondo", finalizou.
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