José Manuel Capristano, antigo dirigente do Benfica, concedeu, esta terça-feira, uma extensa entrevista à Rádio Renascença, na qual diz compreender as críticas dos adeptos do clube da Luz após a vitória dos encarnados em casa do Farense.
O ex-vice-presidente do emblema lisboeta criticou ainda as declarações do treinador encarnado Roger Schmidt, que disse não compreender as críticas dos adeptos e pediu-lhes que ficassem em casa.
"Naturalmente que os sócios do Benfica - habituados a ganhar - estão tristes e frustrados. Uns reagem com racionalidade, outros com mais emoção e é isso que o senhor Roger Schmidt tem de compreender, e tem de se deixar dessas 'baboseiras' de pedir aos sócios para que fiquem em casa. É inadmissível", disse José Manuel Capristano.
Apesar dos reparos à atitude do alemão, o ex-dirigente do Benfica lamenta que os sócios tenham "atirado garrafas e chamado nomes" a Schmidt. Ainda assim, Capristiano sublinha que o técnico deve respeitar "quem lhe paga o ordenado".
"Todos os benfiquistas são patrões dele e ele é empregado do clube. Ele tem de obedecer e não fazer afirmações desse género sobre os sócios do Benfica, que lhe pagam o 'ordenadão' que ganha", prosseguiu.
Capristano disse ainda ter dúvidas em relação à continuidade de Roger Schmidt no Benfica.
"Face aos resultados diria que não, mas em função de quanto custa a indemnização, o projeto que Rui Costa tem com ele e se o clube tem disponibilidade financeira para prescindir de um treinador deste calibre, não faço ideia. Como não faço ideia e tenho confiança em quem lá está, só peço que se faça o melhor para o Benfica e tenho a certeza absoluta de que Rui Costa o fará", finalizou.
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