O jornal espanhol Marca avançou, esta segunda-feira, com algumas das razões que levaram à quebra da relação Xavi Hernández e Joan Laporta e que levou, inclusive, à saída do técnico espanhol do Barcelona no final da presente temporada.
Emilio Pérez de Rozas, jornalista espanhol, revelou à referida publicação que tudo terá começado há algumas semanas, quando se começou a planear a nova temporada. Xavi não queria a continuidade de João Félix, mas a verdade é que a ideia do líder dos catalães era ficam com o internacional português
"Tudo acabou como prevíamos. Desde o início, parecia que Laporta não queria este treinador. Há uma influência flagrante dos agentes dos 'amigos íntimos' de Joan Laporta sobre o presidente. Tudo se desmoronou porque Laporta deixou de confiar no treinador, sem máscaras, e porque os critérios futebolísticos não coincidem com o que ele e Deco pensam", avançou o referido jornalista.
Emilio Pérez de Rozas deu a entender que a opinião de Xavi mudou durante um jantar.
"Xavi mudou de opinião depois do famoso 'jantar de sushi', quando começou a ver que as mudanças que queria fazer na equipa não eram bem recebidas e que Laporta as atirava como um dardo. Nesse jantar, chegaram a um acordo em que ele ia continuar na próxima época, mas Xavi esclareceu e disse que tinha de fazer algumas alterações. Esses ajustes são o facto de não querer João Félix, nem Lewandowski. Em ambos os casos, trata-se de caprichos de Laporta e, quando Xavi os propôs, vê que não serão concedidos", prosseguiu.
"Depois, Xavi acrescenta que, se houver hipótese, Ronald Araújo e Raphinha devem ser vendidos. Depois, mais uma vez, depara-se com a impossibilidade imposta por Laporta. Xavi quer Nico Williams e Deco prefere Dani Olmo ou Luis Díaz. Xavi quer Zubimendi ou Kimmich e Laporta está a pensar em Guido Rodríguez... Parece que, a meio da época, Deco chegou a oferecer Lopi, do Almeria. Depois, foi no intervalo entre 'El ático del Sushi' e a antevisão do Almería, quando Xavi levantou a voz e começou uma batalha", vincou.
"Xavi acabou por ser despedido porque comprou um discurso triunfalista do presidente. No início da época, Xavi comprometeu-se a que a equipa jogasse melhor. Penso que outra coisa que Laporta, que é um fanático do futebol, deve ter tido em conta é a ideia de que este plantel, com mais horas de trabalho e dedicação, teria melhores resultados", finalizou.
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