Após a votação, realizada no Auditório Municipal Charlot, a decisão final sobre a continuidade ou liquidação da Sociedade Anónima Desportiva do emblema setubalense fica adiada para a próxima assembleia de credores, que não terá lugar antes de meados de setembro.
Os credores que estiveram presentes na reunião geral, ou representados por advogados, correspondem a 40,99% da dívida (cerca de 16 milhões de euros), que soma um total de 40 milhões.
Depois da admissão do plano de recuperação, a próxima reunião só poderá ser agendada no final do prazo para os titulares de créditos impugnarem a lista de credores, num período temporal que vai coincidir com as férias judiciais.
Carlos Silva, presidente do Vitória de Setúbal, sublinha que há ainda um longo caminho a percorrer e diz que continuará a fazer tudo para defender o clube que lidera desde dezembro de 2020.
"A SAD poderá continuar até ao princípio da época. Depois desta decisão, há muita coisa a trabalhar e muita urgência nas decisões a tomar. É isso que vamos procurar fazer em defesa do Vitória. Foi isso que me trouxe ao clube, vou continuar a lutar", prometeu.
Numa altura em que o Vitória de Setúbal tem o seu licenciamento pendente de decisão da Comissão de Recurso da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), depois de ter em campo garantido a subida do Campeonato de Portugal à Liga 3, o dirigente sublinhou a urgência do veredito da FPF.
"Com esta decisão dos credores, precisamos agora da decisão do recurso da Federação, mas não deixo de frisar que há outras situações que têm de ser resolvidas rapidamente", admitiu Carlos Silva.
Depois da reunião geral dos credores da SAD, na terça-feira, pelas 09:00, será a vez de os credores do clube se pronunciarem na assembleia sobre o plano de recuperação, no Auditório Municipal Charlot.