Espanha e Inglaterra medem forças, este domingo, pelo troféu de campeão no Euro'2024. Se os espanhóis são apontados com favoritos à vitória final em Berlim, dada a boa campanha em toda a competição, há quem tenha esperança no triunfo inédito dos ingleses.
Sven Goran Eriksson, que treinou a Inglaterra entre 2001 e 2006, vai assistir à final do Euro'2024 em casa fruto da condição de saúde debilitada por conta de um cancro no pâncreas. Longe do relvado, o sueco deixou o pedido que Southgate guie os 'três leões' à vitória por forma a homenagear Bobby Charlton, o futebol inglês e o próprio Eriksson.
"Gareth, fá-lo por mim, pelo Sir Bobby e pela Inglaterra. O cargo de selecionador de Inglaterra traz consigo uma grande pressão. Ouve-se tanto falar de 1966 e do que a equipa de Sir Alf Ramsey fez, e sabe-se a expetativa que existe sobre nós para acabar com todos aqueles anos de sofrimento", começou por escrever o sueco, numa coluna de opinião que assinou no jornal britânico The Telegraph.
"Eu senti-a. Sir Bobby Robson sentiu-a. Cada um dos 13 treinadores desde Sir Alf [Ramsey] terá sentido isso. Nenhum de nós foi bem sucedido, mas ninguém esteve mais perto do que Gareth Southgate. Gareth é certamente o melhor treinador inglês desde Sir Alf. Se ganhar em Berlim no domingo, penso que deve ser considerado o melhor. Gareth aprendeu com os erros que cometemos - lidar com o bloqueio mental dos penáltis, em particular - e foi mais longe do que qualquer um de nós alguma vez foi. Agora ele, os seus jogadores e toda a nação têm de saber que a Inglaterra pode ganhar. Se acreditarmos em alguma coisa, ela pode acontecer, e isso inclui vencer a Espanha na final", prosseguiu.
"Um dos meus maiores arrependimentos como técnico da Inglaterra é não ter nomeado um psicólogo para lidar com isso. Pensei que já éramos adultos e que conseguíamos aguentar a pressão dos penáltis, mas, infelizmente, não foi assim. Nunca pensei que veria o dia em que a Inglaterra fosse tão boa nos penáltis. Durante o meu tempo, antes e até um pouco depois, não éramos bons nos penáltis. Ainda espero que a final não vá para os penáltis, como no jogo com a Itália, e seja resolvida no tempo normal ou no prolongamento. Se houver penáltis, no entanto, não há qualquer receio. Gostaria muito de ver a Inglaterra ganhar. Tal como todos os treinadores que tentaram e não conseguiram ganhar um troféu importante desde 1966. Vamos lá, Gareth. Faz o que nós nunca conseguimos fazer", finalizou.
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