Instantes após a goleada do FC Porto frente ao Al Nassr (4-0), este domingo, Vítor Bruno 'aplaudiu' a exibição da sua equipa a menos de uma semana da Supertaça, frente ao Sporting, e abordou a importância do 'ouro da casa' na estrutura do plantel azul e branco, tendo comentado os furos à frente que Martim Fernandes tem comparação aos outros jovens, com um 'aviso', pelo meio, a Rodrigo Mora.
"Obviamente, uns estão num patamar de maturidade diferente dos outros, mas isso faz parte do ciclo natural e da vivência mais recente. O Martim Fernandes teve a possibilidade de se juntar ao grupo numa fase importante da época, em que discutíamos o terceiro lugar e a final da Taça de Portugal, e ele deu-nos sempre respostas muito boas em treino. A forma como respondeu no primeiro jogo, em casa, contra o Sporting, é de alguém que já está claramente preparado para o desafio do futebol profissional a este nível de exigência", começou por dizer sobre o assunto.
"Os outros meninos têm de dar os seus passos. Os meninos têm muito talento, o que me preocupa é que percebam que o talento pode ajudar a ganhar jogos, mas o trabalho tem de andar de mãos dadas para construírem uma carreira. É isso que falamos diariamente com eles, para que percebam que não chega só ter talento, para relativizarem o elogio demasiado fácil que, por vezes, recebem, fruto do que os circunda, e que os pode levar para um caminho que não é o mais indicado. Queremos que se atirem de forma convicta ao que lhes lançamos. Esses passos estão a ser dados, eles têm-se integrado muito bem", vincou de seguida, antes de falar especificamente de Rodrigo Mora.
"O Mora tem um talento... Não gosto de antecipar futuros para ninguém, mas tem muito para ser, desde que perceba que o futebol é mais do que aquilo que Deus lhe deu, que é o talento inato. Quando perceber isso, vai, rapidamente, chegar a um patamar que desconfio que seja alto a nível europeu. Atenção, com os passos dados no sentido certo e alavancado com tudo o que têm de ser a ética de trabalho. Não é que ele não tenha. Tem, e sente-se preocupado em responder cada vez mais àquilo que lhe é exigido do ponto de vista tático, de entrega e de compromisso com a equipa. Enquanto o compromisso estiver lá, o talento está lá e tem tudo para correr bem. É importante que perceba isso", completou.
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