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Ana Cabecinha compete nos Jogos Olímpicos três meses após ter sido mãe
Duas semanas depois de ter tido o filho, por cesariana, a atleta portuguesa já treinava. Filho e marido também estão em Paris.
© ATTILA KISBENEDEK/AFP via Getty Images
Desporto Jogos Olímpicos
Ana Cabecinha, de 40 anos, foi mãe de Lourenço há apenas três meses, mas nem os desafios da gravidez e maternidade a fizeram abandonar o sonho de estar em Paris, França, a competir nos Jogos Olímpicos.
A atleta de Beja, que foi porta-estandarte de Portugal junto com Fernando Pimenta na cerimónia de abertura do evento, nas margens do Sena, treinou durante toda a gravidez e, apenas duas semanas depois de ter sido mãe (e de cesariana) já estava de volta à pista para os treinos, revelou esta segunda-feira, em entrevista à Rádio Renascença.
Apesar de assumir ser um "bicho da competição", Ana, que enverga a camisola do Clube Oriental de Pechão, no Algarve, desde 1996, admite que o facto de o filho ser “muito bonzinho” e agora só acordar uma vez por noite, para comer, ajuda a que consiga descansar e esteja focada nos treinos.
Porém, segue para a prova dos 20 quilómetros marcha, que se realiza a 1 de agosto, sem esperança de conseguir grandes marcas: "A minha preparação não foi de todo a ideal para fazer um grande resultado. Mas estou a fazê-la de uma forma motivada, porque sei que no final vou ter a minha medalha deste ano, que vai ser o meu filho no final, na linha de meta", disse à agência Lusa, dias antes da competição.
Na altura que anunciou a gravidez nas redes sociais, a marchadora portuguesa revelou que o sonho de ser mãe tinha sido adiado devido à sua carreira, mas que não ia desistir de ir aos Jogos Olímpicos de Paris, agradecendo à equipa "maravilhosa" que a acompanha, incluindo "patrocinadores", Federação Portuguesa de Atletismo, Comité Olímpico Português e Município de Olhão.
Além de contar, este ano, com a presença do filho e do marido, nos Jogos Olímpicos, estes vão ter um gostinho especial. Serão os quintos e últimos de Ana Cabecinha.
"É um ponto final. Como atleta profissional, é um ponto final. Por isso, também fiz mais gosto e tentei mesmo estar em Paris, porque queria acabar num grande palco. Claro que queria acabar com um grande resultado, não é de todo o que vai acontecer, mas acabar a carreira nos Jogos Olímpicos, qual é o atleta que não espera ter esse sonho realizado? E eu vou tê-lo. Acabar a carreira, cinco Jogos Olímpicos, porta-estandarte, o meu filho à minha espera no final. Eu só posso estar felicíssima por estes Jogos Olímpicos", realçou, em entrevista à RTP.
Leia Também: Comitiva portuguesa nos Jogos Olímpicos percorreu assim o rio Sena
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