"A FIFA acredita que existe um caminho mais produtivo para o futebol do que as ameaças de ações legais", pode ler-se no comunicado tornado público pelo organismo que superintende o futebol mundial, que pretende "pôr fim a um impasse de três meses".
Numa carta a que a Associated Press (AP) teve acesso, a FIFA comunicou hoje à Associação das Ligas Mundiais e à Federação Internacional de Futebolistas Profissionais (FIFPro) que "a oferta de diálogo permanece em cima da mesa", disponibilidade que surge no meio de um turbilhão de processos judiciais e ameaças à política desportiva seguida pelo organismo que gere o futebol mundial.
No passado mês de maio, a Associação Mundial de Ligas de Futebol e os Sindicatos de Jogadores acusaram a FIFA de ser "abusiva" por continuar a aumentar o número de jogos e de competições, que obrigam os seus membros a adaptarem-se.
A FIFA aumentou o número de seleções no Mundial2026, de 32 para 48, e criou um campeonato do mundo de Clubes, com 32 equipas, com início em junho próximo nos Estados Unidos, uma nova competição que também será disputada de quatro em quatro anos.
Ao mesmo tempo, a UEFA também vai expandir as suas três competições de clubes, com mais equipas e mais jogos, comprimindo os calendários nacionais.
Neste contexto, vários grupos europeus de Ligas e de Sindicatos de Jogadores avançaram com uma queixa legal formal contra a FIFA -- mas não contra a UEFA -- dirigida a Bruxelas e garantem que este dossiê está a ser tratado a nível da Comissão Europeia.
Os sindicatos membros da FIFPro em Inglaterra e França também apresentaram uma ação contra a FIFA no tribunal de comércio de Bruxelas.
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